É preciso uma ciclovia... mesmo!!!

Saturday, December 6, 2014

Apesar de compreender os motivos e princípios de quem defende que as bicicletas pertencem à estrada e que não há necessidade de segregar os meios de transporte mas fazer com que estes convivam, a minha mais honesta opinião é que isso não funciona em todos os sítios, dada a maturidade da mentalidade do condutor automóvel tuga.

Eu defendo, e defenderei, que no meio da cidade não há tanta necessidade de criação de ciclovias, mas nos arrebaldes e periferias urbanas de acesso aos grandes meios ninguém me convence que a criação de infraestruturas próprias e dedicadas não criaria um "boom" na utilização da bicicleta.

As ciclovias atraem pessoas, mesmo aquelas que nunca pensariam um dia atrever-se a fazer-se às estradas. E havendo 300 commuters em vez de 10 as coisas passam a ter outra bagagem de apoio.

A minha ainda parca experiência faz com que dia-a-dia consolide esta ideia... ciclovias para unir os subúrbios às cidades fazem a diferença entre adoptar para o commute diário a bicicleta em detrimento do carro. PONTO!


Já tinha explanado o meu ponto de vista no meu antigo blog aqui:
http://coluerseventy700ceq.blogspot.pt/2014/07/uma-ciclovia-o-sff.html

Como podem ler no post anterior deste blog, esta semana fui vítima de intimidação por parte de um taxista neste troço, e que poderia ter descambado numa situação crítica... para mim. Pois o condutor dada a sua atitude era bem capaz de bater e fugir. E ali sendo uma zona sem iluminação e sem testemunhas o infrator sairia ileso e impune.

Fiz este vídeo dias antes do dito episódio, durante a manhã, e coloquei alguma notas a fim de esclarecer alguns dos meus pontos de vistas (as notas só aparecem se visto no Youtube no PC - em telemóvel e tablets não dá!)

(Meti umas musiquinhas para não ser tão aborrecido, mas podem sempre ir saltando 5s carregando na seta da esquerda/direita do teclado.)

EU QUERO UMA CICLOVIA!!!





4 comments

  1. Olá Nuro,
    Não vi o vídeo todo, mas posso fazer estes comentários:
    - demasiado próximo dos carros estacionados
    - demasiado encostado à berma depois dos cabos d'Ávila, na rotunda e na subida da Décathlon
    - já na estrada para a Buraca (8mns), demasiado encostado à berma
    - onde dizes "e aqui deste lado podia ser feito mais um troço" há uma paragem de autocarros. Na existência de uma ciclovia, isso levanta imensos conflitos com peões e trânsito motorizado que têm de ser muito bem avaliados por quem executa
    - aos 11mns, onde dizes "uma ciclovia aqui" significa que achas que se deve sacrificar o escasso espaço de peões que existe, junto a uma infra-estrutura desportiva, e continuas a seguir muito encostado à berma
    - fico curioso em perceber como entras na rotunda, quando vais na direcção oposta. É que a ciclovia manda-te para essa rotunda em sentido contrário...
    - aos 13:40mns, conflito com peão e pouco depois, a tua nota destaca outro perigo, que é a falta de largura de uma ciclovia mal concebida. Também já vi um daqueles blocos de cimento atirados para a ciclovia. Isso significa que o verdadeiro problema não está resolvido: segurança rodoviária
    - 21:30mns: raramente ultrapasso automóveis em movimento, e ainda menos quando tenho outros em sentido contrário
    - do fim da ciclovia da radial de benfica, em vez de seguir pela rua de campolide, eu seguiria pela columbano bordalo pinheiro até à praça de espanha. é tudo legal, não precisas de desmontar para atravessar passadeiras, o pavimento é melhor, não precisas de fazer sentidos contrários, etc.
    - da praça de espanha para as avenidas novas, optaria pela Av. Berna até à Defensores de Chaves. Há menos camiões de cimento sobre ciclovias manhosas, e o pavimento também melhor do que na marquês da fronteira.
    - depois de ver o final do vídeo, porque não lateral da av. da república e contornar no saldanha, para descer o início da Casal Ribeiro, antes de virar para o mercado 31 de janeiro
    - Já agora, qual o destino final? é que quase que me parece preferível ir pela zona ribeirinha (tem ciclovia manhosa ;) ) até ao cais do sodré, e depois subir o que houver para subir
    RF

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  2. Transcrevo alguns comentários sobre este post que foram trocados no FB.

    - demasiado próximo dos carros estacionados;
    [N] Concordo, mas é-me difícil, a mim e a todos os outros commuters, circular no meio da faixa dado o fluxo de trânsito.

    - demasiado encostado à berma depois dos cabos d'Ávila, na rotunda e na subida da Décathlon;
    [N] Concordo, mas é-me difícil, a mim e a todos os outros commuters, circular no meio da faixa dado o fluxo de trânsito. Quando o faço os carros, autocarros e camiões começam a pressionar e há "problemas".

    - já na estrada para a Buraca (8mns), demasiado encostado à berma;
    [N] Concordo, mas é-me difícil, a mim e a todos os outros commuters, circular no meio da faixa dado o fluxo de trânsito. E mesmo as pessoas que dizem que circulam no meio deve ser em pequenos trechos pois a estrada está esburacada e é mais fácil circular à direita;

    - onde dizes "e aqui deste lado podia ser feito mais um troço" há uma paragem de autocarros. Na existência de uma ciclovia, isso levanta imensos conflitos com peões e trânsito motorizado que têm de ser muito bem avaliados por quem executa;
    [N] Sim, mas a ideia seria a ciclovia "cruzar o cruzamento" antes das bifurcações e entrar na zona atrás dessa paragem, evitando toda a zona de circulação automóvel. Ver imagem em anexo;

    - aos 11mns, onde dizes "uma ciclovia aqui" significa que achas que se deve sacrificar o escasso espaço de peões que existe
    [N] De acordo, mas por por isso disse que o passeio do outro lado não serve para nada. O espaço poderia ser recuperado do lado contrário e assim duplicar e ter espaço para passeio e ciclovia;

    - junto a uma infra-estrutura desportiva, e continuas a seguir muito encostado à berma;
    [N] Concordo que vou perto da berma, o alcantrão aqui é melhor, e evito o fluxo automóvel. Foi exatamente aqui (em sentido contrário) que o taxista me quis abalroar;

    - fico curioso em perceber como entras na rotunda, quando vais na direcção oposta. É que a ciclovia manda-te para essa rotunda em sentido contrário...
    [N] Esta não entendi Entro sempre na rotunda pela faixa de fora, é o mais simples, rápido e seguro - penso eu;

    - aos 13:40mns, conflito com peão e pouco depois, a tua nota destaca outro perigo, que é a falta de largura de uma ciclovia mal concebida. Também já vi um daqueles blocos de cimento atirados para a ciclovia. Isso significa que o verdadeiro problema não está resolvido: segurança rodoviária
    [N] Certo. Os peões vão muias vezes passear e correr na ciclovia, na inclinação é onde se torna mais estreita. Não sendo perfeita se não existisse não ia de bicicleta para o trabalho;

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  3. - 21:30mns: raramente ultrapasso automóveis em movimento, e ainda menos quando tenho outros em sentido contrário;
    [N] Assumo o erro. Não costumo fazer aquele troço por dentro, naquele dia aconteceu e acabei por pecar e andar no meio do trânsito. Foi mau e ficou no video;

    - do fim da ciclovia da radial de benfica, em vez de seguir pela rua de campolide, eu seguiria pela columbano bordalo pinheiro até à praça de espanha. é tudo legal, não precisas de desmontar para atravessar passadeiras, o pavimento é melhor, não precisas de fazer sentidos contrários, etc.
    [N] Pela Columbano? O piso é capaz de ser melhor sim, mas a volta é maior. Hmmm, e depois entrar no carrosel da Praça de Espanha? Isso ia-me dar muito stress! Mas vou tentar! Um dia irei experimentar...
    Eu já mandei um mail para a CML a pedir para avaliarem se aquela subida não poderia ser "sentido proibido excepto bicicletas", disseram-me que iam avaliar;

    - da praça de espanha para as avenidas novas, optaria pela Av. Berna até à Defensores de Chaves.
    Há menos camiões de cimento sobre ciclovias manhosas, e o pavimento também melhor do que na marquês da fronteira.
    [N] Mas por aí ou se vai no BUS com os condutores profissionais em stress a pressionar, ou se vai na faixa do meio com os carros a passar a abrir de um lado e outro... mas o piso ser melhor nesse caso é mau, os carros vão a 60/70kms/h, aquilo é uma autoestrada.

    - depois de ver o final do vídeo, porque não lateral da av. da república e contornar no saldanha, para descer o início da Casal Ribeiro, antes de virar para o mercado 31 de janeiro
    [N] às vezes faço outros trajectos, naquele dia fui por ali para mostrar as ciclovias. Hei de fazer outro video com outro trajeto mais curto mas mais "conflituoso", pela Rua Pinheiro Chagas > Rua Viriato, Rua Tomás Ribeiro > Praça José Fontana.

    - Já agora, qual o destino final? é que quase que me parece preferível ir pela zona ribeirinha (tem ciclovia manhosa ) até ao cais do sodré, e depois subir o que houver para subir
    [N] Fico mesmo ali no fim da Praça José Fontana. Não compensa vir pela zona ribeirinha...

    Obrigado pelas dicas!

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  4. Ricardo Ferreira Olá Nuro,
    Compreendo que não te sintas confortável a circular no meio de tantos automóveis, por vezes a grande velocidade. Acrescento que o duplo sentido para bicicletas que sugeres me parece muito perigoso, pois é precisamente a saída de uma daquelas avenidas onde os carros circulam demasiado depressa.
    Aliás, confesso que me chocam algumas das tuas opções (como subires aquilo em sentido contrário) e me parecem muito mais perigosas do que outras situações que, pela tua resposta, preferes evitar.
    Já fiz algumas vezes esse percurso, ou partes desse percurso. A tal ciclovia da radial de benfica, fiz muito poucas vezes, pois não senti vantagem em relação a ir pela estrada de benfica (que, em breve, deverá ser legal).
    Quanto à Avenida de Berna, é verdade que é uma "auto-estrada", e requer alguma firmeza na nossa posição, para circularmos no meio da via imediatamente à esquerda do corredor BUS (em breve, também aí deverá ser legal as bicicletas circularem).
    Finalmente, admito que o sentido inverso (Lisboa > Alfragide) seja mais complicado. A questão da rotunda que referi no meu comentário tem a ver com o vires de uma via que, para os automobilistas, não existe, e estares apontado no sentido contrário ao do trânsito. Claro que, de bicicleta, fazemos facilmente a manobra para nos virarmos para o sentido do trânsito, mas parece-me sempre uma situação de perigo para o ciclista menos avisado.

    -----------

    Nuro Carvalho Mas qual a parte que "choca"? A de subir "a pé" em sentido contrário isto? Aquilo é um sentido único e tem espaço para duas faixas, quem desce é para virar à direita (está o boneco até no placard na camara nessa foto), tem montes de espaço, até se podia criar uma ciclovia e deslocar o estacionamento que continuava a haver muito espaço... e demanhã há mais gente a entrar na cidade que a sair pelo que às vezes nem sequer cruzo com ninguém... quando subo "a pé". Já percebi a questão da rotunda, sim, no sentido inverso é manhoso de entrar quando há algum fluxo, é esperar e esperar para entrar em segurança, verdade. Mas há coisas piores... o tal troço seguinte entre Pina Manique e a Decatlhon.

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