Showing posts with label parqueamentos. Show all posts
Showing posts with label parqueamentos. Show all posts

Gulbenkian a inovar (em Lisboa)

Friday, May 15, 2015

Hoje pensei de caminho em ir tomar um café ao tal spot da Gulbenkian que já referi no outro dia, mas descobri que que só abre às 10h00, ora bolas!

Mas nem tudo são más notícias... olha lá o que estão a meter nas entradas todas, e que foi estreado pela Felicidade...

A pessoa com quem falei disse que iam meter mais uns quantos, e quando referi que podiam estar melhor situados e menos refundidos disse que o "Arquiteto Jardim é que mandou meter assim!"


Mas pronto, pelo menos já há uma consciência... build them, and they will come!

Dia do trabalhador e mais uma estória dos Funcionários #6

Friday, May 1, 2015

(Na onda da sátira "Funcionários" do livro "Quotidiano Delirante" do artista Miguelanxo Prado seguem mais umas estórias de pura ficção... estas minhas estórias são mesmo ficção, qualquer semelhança com a realidade serão pura coincidência).

«
- Senhor engenheiro, tenho mais umas situações que gostaria de rever consigo a ver se podemos fazer algumas melhorias...
- Ai, mau, mas começa já assim a semana? Raio do rapaz sempre a moer-me a cabeça - disse o homem a entredentes. 
- Na passada semana fui dar uma volta de bicicleta a Monsanto e sabendo que a minha namorada estava com a minha filha no parque da Serafina passei lá para lhes dar um beijo.
- Quem simpático da sua parte. Mas e então?
- E então quando uma pessoa vai dar uma volta de passeio de bicicleta é normal que não leve atrás toda uma tralha que pode levar quando usa a bicicleta como meio de transporte nomeadamente um cadeado, e quando cheguei à porta do parque não me deixaram entrar com a bicicleta. 
- Ah pois é. Regras são regras. Só as crianças podem andar de bicicleta no parque da Serafina amigo -sentenciou o homem.
- Sim, sim, nada contra - retorquiu o rapaz - faz sentido, aquilo está cheio de gente, de famílias, de crianças e até bebés em carrinhos, é perfeitamente aceitável que não possam adolescentes ou adultos andar em cima das bicicleta a rolar.
- Lá está! - finaliza o homem já a agarrar o seu jornal para ver as gordas.
- Mas eu podia levar a bicicleta pela mão, mas não me deixaram e disseram que a podia deixar no parque.
- E então? 
- E então que faz algum sentido não deixarem entrar com a bicicleta à mão, e terem um parque de bicicletas à entrada que ninguém usa? Não estaria melhor esta estrutura se estivesse lá dentro ao lado do café/restaurante?
- Ó rapaz, esse estacionamento está perfeito onde está, os carros também não entram dentro do parque não é assim?
- Está a comparar os carros às bicicletas? - irritou-se o rapaz.
- Eu? Eu não. Vocês os maluquinhos das bicicletas é que tem essa mania.
O rapaz furibundo resolveu parar a conversa não fosse exaltar-se. Respirou e contou até 100. Depois pausadamente voltou a tentar dialogar.
- Bom, sabendo-me desta limitação no dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador, resolvi levar lá a minha filha mas fomos os dois de carro e levei a bicicleta dela na bagageira.
- Ah, e fez você muito bem, conseguiu estacionar o carro?
- Sim, sim, consegui. Aliás, até estranhei pois haviam poucos carros e estava um dia bastante agradável para se estar ao ar livre... mas ao chegar ao portão havia um aviso que dizia:
"A Câmara Municipal de Lisboa informa que os parques recreativos da Serafina e do Alvito, situados no Parque Florestal de Monsanto, vão estar encerrados ao público na próxima sexta-feira, dia 1 de Maio, feriado nacional, assinalando o Dia Mundial do Trabalhador."
- Ah pois é! - frisou o homem.
- Mas, mas acha bem? 
- Claro! Os trabalhadores tem direito a celebrar o Dia do Trabalhador.
- Mas é um jardim municipal, dos melhores da capital, onde dezenas senão centenas de crianças podem divertir-se, correr, saltar, fazer-se piqueniques...
- Pois, temos pena, há sempre o resto do fim-de-semana - mofou o homem.
O rapaz já bufava!
- Bem, como o parque do Alvito também estava fechado acabei por ir até à Alameda Keil do Amaral, pelo menos essa estaria de certeza aberta.
- Fizeste bem rapaz - disse o homem já a perder interesse na conversa.
- Pois, mas enquanto passeava com a miúda que rolava de bicicleta reparei em mais um equipamento de parqueamento de bicicletas que não faz sentido - atirou o rapaz captando a atenção do homem.
- Mas como assim?
- Então, há lá um lava-bicicletas, conhece?
- Sim claro, fomos nós que tratamos disso.
- Mas ao lado há um parqueamento inútil. Que de nada serve.
- Preso por ter cão e preso por não ter. Está lá pois há muita gente a andar de bicicleta nessa zona, a fazerem btt e ciclismo, assim podem parquear as suas bicicletas.
- Senhor engenheiro, ninguém que vá fazer desporto de bicicleta em btt ou ciclismo leva cadeados e irá deixar a bicicleta no meio do nada para ir a algum lado.
- Podem ir ao WC, ora!
- Se andarem em grupo alguém fica de fora a guardar, e se andar sozinho faz no meio da natureza.
- Ah, e se for uma mulher?
- Tem visto muitas mulheres sozinhas a fazer btt em Monsanto?
- Não mas pode sempre haver uma.
- Não lhe parece Senhor Engenheiro, que este equipamento na Avenida Keil do Amaral e o do parque da Serafina seriam mais úteis a quem realmente precisa de ter um local onde prender a sua bicicleta quando vai trabalhar ou estudar? Em frente a um Hospital? Ou a uma Escola? Ou a um Museu? Locais onde possa realmente ser usado por quem precisa?
O homem fez-lhe um sorriso amarelo:
- Está feito, está feito. Fica anotado o comentário. Agora deixa-me lá trabalhar - rematou enquanto abria o jornal.
»


Agora sem ser ficcionado, isto existe e deve servir para muito pouco... digo eu!





O Polvo e os Funcionários #4

Sunday, April 12, 2015

(Na onda da sátira "Funcionários" do livro "Quotidiano Delirante" do artista Miguelanxo Prado seguem mais umas estórias de pura ficção... estas minhas estórias são mesmo ficção, qualquer semelhança com a realidade serão pura coincidência).

«
- Ora bons dias!
- Bom-dia senhor engenheiro, estás bem-disposto, correu bem o fim de semana?
- Correu pois rapaz, fui ontem ao cinema e tenho a dizer-te que mais uma vez a indústria do cinema de Hollywood me veio dar razão...
- Ai sim? Então conte lá.
- Fui com a minha sobrinha ver aquele filmezeco de animação onde há uns extra-terrestes tipo polvos que vêm para cá ocupar o planeta, sabes qual é?
- O "Almost Home"?
- Quê? Não, nada disso, chama-se "A minha casa".
- Ahhh, tá certo - o rapaz pensou que não valia a pena explicar - curiosamente também vi esse filme este fim de semana...
- Bom, então lembras-te que logo no início do filme, quando os ditos polvinhos ocupam a terra começam a fazer uma limpeza dos objetos inúteis e sabes qual é o primeiro que eles ilustram como inútil? Sabes, sabes?
- Errr, sim, eu sei, tb vi o filme...
- Mas eu quero ouvir-te dizer... vá lá...
- Na parte em que ocupam a Terra e para ilustrar que haviam objetos que para eles não eram úteis mostraram que para a civilização e estágio em que se encontraram as bicicletas eram inúteis!
- AHA! Nem mais! Ora lá está... se até seres inteligentes definem a bicicleta como objeto inútil quem somos nós para contrariar?! Hã?
- Sr. Engenheiro, aquilo era uma alusão às distinções entre as espécies, a deles e a nossa. Eles também consideraram os chapeús-de-chuva, caixotes do lixo e as sanitas objetos inúteis, mas para eles. O facto de terem ilustrado a ideia com a bicicleta foi para demonstrar o absurdo. Um objeto que para nós é muito útil e para eles seres distintos seria inútil. Ou o senhor engenheiro dispensava os chapéus-de-chuva ou mesmo as sanitas? Hmm?
- Balelas! - disse o engenheiro sem argumentos.
O rapaz não queria perder mais tempo a explicar, por isso nem se alongou.
- Ah, e digo-te mais... andam praí uns maluquinhos das bicicletas a definir como deveriam ser os parqueamentos de bicicletas e tal, pois tenho a dizer-te que foi com agrado que vi no filme um parqueamento igual àqueles que andamos a espalhar pela cidade.
- Sim, também reparei. Não sendo das piores estruturas, ainda podiamos fazer melhor. E podíamos também arranjar melhor localização para os colocar onde realmente fazem falta.
- Mau, rapaz, mas começas a semana já a levantar lebres? De que localizações falas?
- Então, ali frente ao Mercado 31 de Janeiro ou nas proximidades da Gulbenkian onde temos dois desses parqueamentos... o da Gulbenkian então está tão encostado ao muro que fica 50% inutilizado.
- Olha, se quiseres considera isso como monumentália, arte urbana! Hihihihih - acaba o engenheiro dirigindo-se para o ir tomar o seu cafézinho.
» 



«Factual errors 
As the Boov used anti-gravity magnetic balls that gathered in clusters things they didn't need (such as bicycles), a group of toilets in the air make a flushing sound but that's impossible because a toilet cannot flush without water.»

Obviamente que não vale a pena ir ao ridículo como aquele telespetador nórdico que que queixou de um anúncio automóvel televisivo onde alguém mandava uma esferográfica pela janela do carro e a empresa teve de fazer um pedido de desculpa e esclarecimento sobre que mandar "lixo" pela janela não é correto - isto já foi há muitos anos mas lembro-me pelo ridículo das duas coisas - mas acho que passar a mensagem num filme de crianças para crianças de que a bicicleta é um objeto inútil e depois ainda por cima ao longo do filme o carro acaba por ser quitado e é o transporte de eleição pode não ter um efeito pedagógico. Enfim... esse Polvo da indústria automóvel está em todo lado! 

Já tinha falado deste equipamento aqui:


 E este é igual na Gulbenkian e serve para... para... nada!!!




Os paqueamentos de bicicletas devem ser tipo isto:
http://asminhasbicicletas.blogspot.pt/2014/12/suportes-para-parqueamento-de.html

 

BiciCultura

Visite o Planeta BiciCultura

Visitas

Pesquisa

mais lidas

Tags