Uma mega massa especial de verão em noite de lua azul?

Thursday, July 30, 2015

"Once in a blue moon" é a expressão inglesa para definir a aparição no mesmo mês de duas luas cheias, algo que apesar de não ser invulgar é raro acontecer.

Pelo menos segundo este artigo do Observatório Astronómico de Lisboa
http://oal.ul.pt/lua-azul-verao-de-2015/

«Apesar do nome, o fenómeno da lua azul não tem qualquer relação com mudanças na cor do satélite. O apelido foi dado em função da raridade com que o ciclo lunar, cuja duração é de 29 dias e meio, ocorre por completo dentro de um único mês, possibilitando a aparição de dois períodos de lua cheia.
Neste mês de julho, o primeiro ciclo da lua cheia ocorreu no dia 02 às 3h20. O fenómeno da lua azul ocorrerá no final do mês de julho dia 31 às 11h43.

Conta-se que a origem da designação lua azul remonta ao século XVI, quando algumas pessoas que observavam a lua a olho nu achavam que ela era azul. Anos depois, discussões a respeito deste assunto, mostraram que era um absurdo a lua ser azul, o que gerou um novo conceito para lua azul como significado de “nunca”. Com esse significado de algo muito raro, começou-se a dizer que a segunda lua cheia de um mês era uma “lua azul”.»


Esta Mega Massa Crítica Especial de Verão tem tudo para ser um verdadeiro sucesso, ímpar e histórico... daquelas que ficam para contar aos netos.
https://www.facebook.com/events/396741723850305

A sério que vais inventar desculpas para te baldares? Mesmo a sério?

ANDA DAÍ!!

Imagem de cima tirada daqui:
http://www.greeleyunexpected.com/events/poudre-river-trail-blue-moon-bike-ride-july-31-2015


PS: Eu não percebo muito disto, mas se a lua aparecer às 11h43 ainda vamos ver alguma coisa quando for o pôr-do-sol, certo??

Odeceixe e mais uma estória dos Funcionários #7

Sunday, July 19, 2015

(Na onda da sátira "Funcionários" do livro "Quotidiano Delirante" do artista Miguelanxo Prado seguem mais umas estórias de pura ficção...)


- Bem-vindo de volta Senhor Engenheiro. Esse descanso? - perguntou o rapaz com um sorriro trocista.
- Obrigado rapaz! Obrigado... foram umas boas férias!
- Então, onde foi?
- Há anos que um velho amigo me andava a desafiar para ir conhecer as suas paragens, e assim este ano em vez de ir para os brasis ou méxicos fazer praia resolvi ficar por cá.
- Pois, com tão boas praias no nosso país...
- É, mas para mim férias tem de ser ir de avião e para um sítio diferente e longe daqui... tás a perceber rapaz? - diz o engenheiro com a soberba de quem tem dinheiro e os outros não.
- Mas foi para onde então? Conte lá...
- Ópá, fui para Odeceixe, conheces?
- Então não!? Uma das melhores praias do país. É excelente para tudo. Para a criançada, para o surf, para descansar pois não tem muita gente, e tem o rio que é uma alternativa quando a maré está brava, até para correr e andar de bicicleta, e a comida é muito boa... um paraíso...



- Por acaso também gostei, mas pena é a falta de acessibilidades.
- Como assim?
- É pá, demora-se muito a lá chegar... é só estradas e estradinhas... falta uma autoestrada naquela zona?
- Uma quê...? - questionou o rapaz supreendido mas ao mesmo tempo resignado.
- Uma autoestrada! Aquilo é logo ali mas como é por estradinhas com curvas e pelo meios dos montes demora-se muito tempo...
- Mas é o ideal para quem vai de passeio ou de bicicleta até, há muito turista que viaja de bicicleta para essa zona litoral... acredito que viu muitas não?



- Então não vi? No meio da estrada a atrapalharem, e mesmo na zona da vila ou da praia muitas delas... olha, e até tenho uma estória para te contar sobre isso das bicicletas... Esse meu amigo é lá da Junta, sabes como é, somos um networking, troca de conhecimento e tal, uma ajuda aqui, outro ajuda ali... e há uns anos pediu-me ajuda para isto da mobilidade e tal...
- A sério?
- Sim, sim rapaz. Eu percebo de mobilidade! Então mandou-me umas fotos e uns croquís para eu lhe dar a opinião. Era para meterem lá um parqueamento de bicicletas, para as arrumar todas e não andarem espalhadas lá na zona da praia.
- Hmmm, estou a ver... para não incomodarem os carros?
- Isso! Vês como estás a aprender? E então estive lá e vi in-loco a obra que foi feita com as minhas orientações...
- À distância? Fez avaliações e orientações à distância? Sem conhecer o local e a sua vivência?
- Ó rapaz, quando se tem traquejo é assim... Mas fiquei muito decepcionado!
- Foi?
- Pois foi! Sabes porquê? Porque os turistas ciclistas e os utilizadores de bicicleta não sabem dar  valor ao trabalho e esforço que fazem por eles. Quer dizer, abdica-se de um excelente lugar de estacionamento automóvel para colocar uma estrutura que custou dinheiro e em vez de usarem, sabes o que fazem? Sabes?
- Sei pois...
- Pois não sabes... ah sabes, como assim?
- Deixe-me adivinhar... em vez de usarem uma estrutura estrategicamente colocada longe de tudo e de forma a não incomodar, os sacanas vão e prendem as bicicletas aos locais mais inusitados - diz o rapaz com tom sacástico mas sem o engenheiro entender.




- EXATO!!! Aquilo tem lá espaço de sobra, ah e tal tem de ter um lugar permanente para ambulâncias, ok tudo bem, tem de ter um lugar para deficientes e como é óbvio tem de ser o melhooor lugar de todos... - diz o engenheiro com tom de asco - sim, porque o lugar está sempre às moscas, por isso vamos de reservar o melhor lugar para ficar sempre vazio.
O rapaz já torcia os olhos, mas continuava sereno a ouvir.
- ... e depois está um lugar para a Junta, isso tem de ser, não vai o esforçado e deligente representante de junta ter de deixar o carro longe de tudo, e depois um lugar para as autoridades, a GNR, também faz sentido, mas está quase sempre vazio, e depois um excelente lugar para bicicletas, que também está vazio. Portanto temos ali mesmo em frente à praia uma zona reservada para quase ninguém usar, fica um espaço amplo e desafogado, sem sentido.
- Sem sentido?
- Podia muito bem caber ali bem alinhados uns 6 a 7 carros, mas não... e mais, estacionam as bicicletas agarradas mesmo ao pé de um sinal de proibido parar e estacionar. Esses ciclistas não sabem as regras?

- As regras que foram feitas para... os carros?
- Não interessa, regras são regras!
- Já lhe ocorreu que quiça os estacionamentos de bicicletas é que são mal feitos e mal pensados, e por isso ninguém os usa?
- Já me ocorreu, mas é uma ideia absurda, obviamente que não é assim. Se são bons lugares porque não os usam?
- Se calhar porque não são bons, se calhar as estruturas são entorta-rodas, se calhar são longe da vista, longe de locais onde as pessoas sentem mais segurança, as pessoas deixam as suas bicicletas o mais perto possível do local para onde vão, é uma das vantagens da bicicleta, não a vão deixar a 300 metros, ou mesmo a 50 metros se as podem deixar mesmo ali "à mão"...
- Isso é que não faz sentido nenhum. Quem anda de bicicleta não se importa de fazer exercício físico, se já veio de bicicleta o que são mais 50 metros? Já eu que vou de carro, que não quero fazer exercício, deveria ter lugar mesmo "à porta", isso sim, faz sentido...
- Ah!! - rematou o rapaz que achou que já nem valia a pena continuar a conversa.


A estória é fição minha, mas os suportes são reais.

Mega Massa Especial de Verão : 31 de julho

Monday, July 6, 2015

Somos 7 mil milhões neste planeta e cada um de nós é único.
Somos meros grãos de areia numa praia gigante.

Mas cada um de nós pode fazer a diferença, cada um de nós conta... se não ficar indiferente, se não ficar quedo, mudo. Se não se subjugar ao medo e à inércia do poder dominante (e não, não estou a falar da Grécia).

Cada um pode fazer a diferença. É o efeito borboleta, lembram-se do Jurassic Park, o primeiro?
"It simply deals with unpredictability in complex systems. The shorthand is the Butterfly Effect. A butterfly can flap its wings in Peking and in Central Park you get rain instead of sunshine.")

Nós somos poucos, somos pequenos, somos uma minoria... mas se "batermos as asas", todos juntos ao mesmo tempo, faremos da brisa um vento forte que terá que mudar mentes daqueles que decidem o nosso dia a dia, que decidem o nosso futuro.

Amsterdão não nasceu assim, foi-se transformando através de uma luta pacífica mas sólida durante muitos anos. E Sevilha, Valência, Bilbao, Pontevedra, e tantas outras aqui na nossa vizinha Espanha não se fizeram num dia... foram ganhando forma pelo empenho das suas comunidades.

Se queremos mesmo melhores condições para todos, idosos, crianças, bicicletas, convém investirmos um pouco do nosso tempo nesta demanda por algo melhor.

"Ah e tal tenho mais que fazer, e uma vida mui ocupada, e o camandro e o caneco..."
Contas de merceeiro: Para uma esperança de vida de 75 anos, investir ~3 horas para ir a uma Massa Crítica é cerca de 0.004% do seu tempo total. Quem é que não pode dar isto?

(foto retirada de uma pesquisa do Google, pode ter direitos)

«
Mega Massa Especial de Verão : Lisboa > Oeiras
Caso a maioria dos presentes no ajuntamento da a MC de julho de 2015 de Lisboa concorde esta será uma mega massa especial de verão com destino a ver o pôr do sol numa das praias de Oeiras!
https://www.facebook.com/events/396741723850305/2

Já tinha sido falado na MC de Maio a união das MCs de Lisboa e Oeiras como forma de mostrar o quão importante é a criação de uma ciclovia na Marginal [http://www.facebook.com/ciclovia.marginal1
A ideia é partir cedo, às 18:30, em direcção a Oeiras, para lá chegar ainda com luz solar.

Vais à Massa Crítica pela 1ª vez? 
RECOMENDAMOS a leitura deste pequeno Guia: 
http://www.massacriticapt.net/?q=node%2F1971

Como de costume tudo está aberto a discussão! Percurso, partida e até a própria proposta!
»

Isto a acontecer vai ser provavelmente a primeira Massa Crítica em Portugal que começa num concelho e acaba noutro. Histórico!!

Nota: não há organização das MC's. É algo anárquico e espontâneo.
Pode nem acontecer nada disto... só se a maioria presente assim o decidir.


Era fixe um dia termos uma cena assim, não era?


Smell the roses

Wednesday, July 1, 2015

O meu trajeto casa-trabalho-casa tem muito alcatrão, poluição e às vezes alguma confusão.
Mas também tem uma refrescante mixórdia de cheiros e tons floridos e coloridos que me enchem o ser.

Na primavera é o mar de flores e os seus muitos odores, no outono o cripitar das folhas secas, nas chuvas de verão o cheiro da terra molhada, no inverno o manto refrescante das brisas matinais, em qualquer estação o cheiro da relva cortada, e tantas mais...
São coisas que só os sentidos de quem anda nos elementos entende.





















E tu? Entendes?

Ou estás confinado a um ar condicionado (condicionado, got it?) e a cheiros químicos artificiais que te impingem para fingir que estás no meio das montanhas?


 

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