Obras para melhorar mobilidade...

Friday, December 30, 2016

Após alguns meses em obras abriu finalmente em Carnaxide uma rua do Centro Histórico (núcleo antigo?) que foi inclusive eco na imprensa nacional.

Núcleo antigo de Carnaxide reabre ao trânsito esta sexta-feira - in Público

«Com esta intervenção, o acesso automóvel pelo Largo da Pátria Nova à Rua Manuel Santos Mónica e à Rua Francisco Patarrão passará a fazer-se, a partir de dia 30, apenas no sentido ascendente. Segundo Jorge de Vilhena, presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Carnaxide e Queijas, “o objectivo de fazer circular o trânsito de uma forma mais natural, dotando as vias de maior segurança rodoviária com redução da velocidade e privilegiando a circulação pedonal, foram conseguidos, mas a próxima fase que a Junta de Freguesia apresentará como ideia e pretende que seja realizada, será o aumento de estacionamento no fim da rua do lavadouro com o aproveitamento do baldio existente”.»
https://www.publico.pt/2016/12/29/local/noticia/a-circulacao-automovel-no-nucleo-antigo-de-carnaxide-reabre-a-30-de-dezembro-1756330

Eu que não sou técnico não consigo realmente entender como é que fazendo obras se mantem quase tudo na mesma e afirmar que existe uma redução da velocidade e previligiando a circulação pedonal.


As passadeiras estão ao nível da estrada e deveriam era estar em quota alta para forçar a diminuição da velocidade automóvel, permitindo uma melhor mobilidade aos peões, aos idosos, cadeiras de rodas, carrinhos de bebés e carrinhos de compras. E até se evitaria gastar dinheiro em sinalização vertical (sendo tal legal, coisa que não sei).

O uso de calçada (pedra basáltica) para a estrada é boa para reduzir alguma da velocidade automóvel, mas péssima para quem usa modos ativos como a bicicleta, poderiam ter feito uma estreita zona lisa ao centro facilitar a velocidade de quem sobe a assim não atrasar o passo ainda mais e causar a tal animosidade dos automobilistas.


E como se pode ver pelo video, havendo uma necessidade deveriam ser criadas as devidas condições, em segurança, para haver um contrafluxo de bicicletas contrário ao sentido do trânsito. Em Braga tem sido um sucesso.



Os passeios continuaram diminutos quando podiam ter sido alargados, tenho até dúvidas que um carrinho de bebé consiga passar ali dada a largura existente e os novos pilaretes que colocaram para afastar as bestas que não sabem que é proibido estacionar em passeios, ainda assim já se vê um veículo estacionado indevidamente.

Não há nenhuma sinalização de zona 30 como deveria ser um núcleo histórico pedonal. Aliás, acho que alguém se enganou e agarrou nos primeiros sinais que diziam 30 e meteram lá... é que uma coisa são os sinais de velocidade máxima 30, zonas 30 como são conhecidas, e que são tipicamente afetas a zonas pedonais, outros sinais são os de recomendação de circulação de 30. ABSURDO!!!!
Então mas como é que eu de bicicleta numa zona supostamente em empedrado e supostamente pedonal consigo cumprir o recomendado de 30 km/h?
Só pode ter sido um erro... ver no video que aparecem DOIS desses sinais.



Está melhor do que o que estava? Talvez! Quero acreditar que sim.
Mas podia ter ficado ainda melhor se o pensamento reinante de quem nos governa e faz estes projetos não fosse o de ter o carro sempre em primeiro. Enquanto assim for, teremos cidades para carros e não para pessoas.


E depois temos o pensamento de sempre que é aproveitar um baldio para fazer mais estacionamento automóvel em vez de dar esse espaço para hortas urbanas, ou um jardim ou um parque infantil... sempre com o pensamento com a visão errada.

Aconselho o Presidente da Junta, da Câmara e os responsáveis por estas e outras obras a verem este documentário, pode ser que percebam:

Não obstante, as minhas críticas construtivas, tenho que o atual Presidente da Junta é uma pessoa séria e com alguma visão sobre estes temas, e quiça com alguma perservença consiga realmente mudar alguns destes pequenos pormaiores que fazem toda a diferença, quiça nesta rua ou em obras vindouras. Quero acreditar que sim... ainda quero acreditar.

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