Após alguns meses em obras abriu finalmente em Carnaxide uma rua do Centro Histórico (núcleo antigo?) que foi inclusive eco na imprensa nacional.
Núcleo antigo de Carnaxide reabre ao trânsito esta sexta-feira - in Público
«Com esta intervenção, o acesso automóvel pelo Largo da Pátria Nova à Rua Manuel Santos Mónica e à Rua Francisco Patarrão passará a fazer-se, a partir de dia 30, apenas no sentido ascendente. Segundo Jorge de Vilhena, presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Carnaxide e Queijas, “o objectivo de fazer circular o trânsito de uma forma mais natural, dotando as vias de maior segurança rodoviária com redução da velocidade e privilegiando a circulação pedonal, foram conseguidos, mas a próxima fase que a Junta de Freguesia apresentará como ideia e pretende que seja realizada, será o aumento de estacionamento no fim da rua do lavadouro com o aproveitamento do baldio existente”.» https://www.publico.pt/2016/12/29/local/noticia/a-circulacao-automovel-no-nucleo-antigo-de-carnaxide-reabre-a-30-de-dezembro-1756330
Eu que não sou técnico não consigo realmente entender como é que fazendo obras se mantem quase tudo na mesma e afirmar que existe uma redução da velocidade e previligiando a circulação pedonal.
As passadeiras estão ao nível da estrada e deveriam era estar em quota alta para forçar a diminuição da velocidade automóvel, permitindo uma melhor mobilidade aos peões, aos idosos, cadeiras de rodas, carrinhos de bebés e carrinhos de compras. E até se evitaria gastar dinheiro em sinalização vertical (sendo tal legal, coisa que não sei).
O uso de calçada (pedra basáltica) para a estrada é boa para reduzir alguma da velocidade automóvel, mas péssima para quem usa modos ativos como a bicicleta, poderiam ter feito uma estreita zona lisa ao centro facilitar a velocidade de quem sobe a assim não atrasar o passo ainda mais e causar a tal animosidade dos automobilistas.
E como se pode ver pelo video, havendo uma necessidade deveriam ser criadas as devidas condições, em segurança, para haver um contrafluxo de bicicletas contrário ao sentido do trânsito. Em Braga tem sido um sucesso.
Os passeios continuaram diminutos quando podiam ter sido alargados, tenho até dúvidas que um carrinho de bebé consiga passar ali dada a largura existente e os novos pilaretes que colocaram para afastar as bestas que não sabem que é proibido estacionar em passeios, ainda assim já se vê um veículo estacionado indevidamente.
Não há nenhuma sinalização de zona 30 como deveria ser um núcleo histórico pedonal. Aliás, acho que alguém se enganou e agarrou nos primeiros sinais que diziam 30 e meteram lá... é que uma coisa são os sinais de velocidade máxima 30, zonas 30 como são conhecidas, e que são tipicamente afetas a zonas pedonais, outros sinais são os de recomendação de circulação de 30. ABSURDO!!!!
Então mas como é que eu de bicicleta numa zona supostamente em empedrado e supostamente pedonal consigo cumprir o recomendado de 30 km/h?
Só pode ter sido um erro... ver no video que aparecem DOIS desses sinais.
Está melhor do que o que estava? Talvez! Quero acreditar que sim.
Mas podia ter ficado ainda melhor se o pensamento reinante de quem nos governa e faz estes projetos não fosse o de ter o carro sempre em primeiro. Enquanto assim for, teremos cidades para carros e não para pessoas.
E depois temos o pensamento de sempre que é aproveitar um baldio para fazer mais estacionamento automóvel em vez de dar esse espaço para hortas urbanas, ou um jardim ou um parque infantil... sempre com o pensamento com a visão errada.
Aconselho o Presidente da Junta, da Câmara e os responsáveis por estas e outras obras a verem este documentário, pode ser que percebam:
Não obstante, as minhas críticas construtivas, tenho que o atual Presidente da Junta é uma pessoa séria e com alguma visão sobre estes temas, e quiça com alguma perservença consiga realmente mudar alguns destes pequenos pormaiores que fazem toda a diferença, quiça nesta rua ou em obras vindouras. Quero acreditar que sim... ainda quero acreditar.
Mudar o mundo como um todo não está nas nossas mãos, mas mudarmos o que fazemos para um mundo melhor está em cada um de nós. E só nós é que podemos fazer essa mudança, com ou sem o apoio dos outros, do estado, da sociedade, pouco ou poucoxinho, mas está em cada um decidir por si se quer fazer parte do rebanho ou pensar pela sua cabeça e mudar-se mudando os outros e o mundo.
Desde que tenho a "Romana", sensivelmente desde Março, que já fiz 2121 kms (feitos hoje, último dia do ano de 2016), quase na sua totalidade em deslocações pendulares casa-trabalho.
Dois mil cento e vinte um kilómetros!!
Um amigo chamou-me a atenção para um documentário que passou recentemente na RTP1 sobre o fim da nossa existência como espécie no planeta:
«... sabemos agora, se fizermos mais estradas teremos mais trânsito. Concluímos ainda que se fizermos mais ciclovias e equipamentos para bicicletas, se convidarmos as pessoas a pedalar, então no espaço de 10 anos haverá mais pessoas a fazê-lo.»
Eu tento fazer a minha pequena parte, que é pouco eu sei, mas é o que consigo ir fazendo, nomeadamente no que concerne ao transporte diário pendular... foram menos 2121 kms a gastar petróleo.
"Ah e tal mas tens uma bicicleta elétrica, por isso tb poluís!"
É verdade. Não nego que a eletricidade que a bateria consume ainda não é produzida 100% de forma sustentável, mas quiça um dia seja. E é da produção na origem que advém os CO2 e não da deslocação em si.
Mas é fazer contas como dizia o atual Secretário Geral da ONU já no seu tempo de governo...
Ora, se foram 2121 kms, segundo a infografia anterior, dá qualquer coisa como:
Bicicleta elétrica: 0,012666667 kg CO2 por km.
Moto (scooter 125): 0,208666667 kg CO2 por km.
Carro (gasolina, o meu é a gasóleo por isso ainda será mais - shame on me): 0,4 kg CO2 por km.
Totais para os 2121 kms:
Bicicleta elétrica: 26,866 kg CO2 (na produção da energia elétrica na fonte).
Moto (scooter 125): 442,582 kg CO2.
Carro: 848,4 kg CO2.
Ou seja, tendo optado por uma decisão individual e só minha, sem apoio do estado e sem nenhuma infraestrutura própria para bicicletas o meu contributo para a produção de C02 vindo de bicicleta para este meu atual local de trabalho foi 3% se comparado com o usar o carro para fazer o mesmo trajeto, e de 6% se comparado com o que seria se viesse de scooter.
Se tivesse mantido o antigo local de trabalho seria 0 kg CO2 pois antes usava uma bicicleta mecânica e apenas tive de optar pela elétrica por causa destes declives...
Está em nós mudar o que podemos mudar e está em nós pressionar quem nos rege, quem faz as leis, quem muda o paradigma, para que o mundo seja melhor, mais justo, mais sustentável.
E não é nos copos com os amigos em conversas banais e inconsequentes que as coisas mudam... é pegar em cada um de nós e dar um pouco de tempo, de vontade, de esforço para pressionar, para informar, para esclarecer...
Por exemplo, uns minutos do seu tempo serão mais que suficientes para mandar um mail à ANSR para que pense bem no seu "PENSE 2020 - PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA" e nao ande ao contrário do caminho que está a ser trilhado por todas as restantes capitais e países desenvolvidos no sentido de promover os modos ativos.
Dizem eles: «Contamos consigo. “A Segurança Rodoviária é uma responsabilidade de todos”. Contacto de email: pense2020@ansr.pt»
Eu pela minha parte não conto muito com esta ANSR, que não quer caminhar no sentido de uma melhor segurança rodoviária para os utentes vulneráveis mas continuadamente criar poucas condições para que cada vez mais possamos optar e ter liberdade de escolha querendo criar leis e condições que contrariam a adopção do uso da bicicleta como meio de transporte.
E se andam assim tão preocupados com os traumatismos cranianos quiça devessem era fazer um estudo que realmente salvasse vidas??
«Contamos consigo. “A Segurança Rodoviária é uma responsabilidade de todos”. Contacto de email: pense2020@ansr.pt»
Digam-lhes o que pensam! Façam o vosso bocadinho para mudar o mundo e sermos mais sustentáveis. Mesmo que não possam usar a bicicleta permitam que os que querem e possam o façam!
Sustentabilidade... das palavras aos atos. Ou então continuem a ver a bola ou outras coisas... cada um com as suas obsessões!
Isto a propósito de que agora no meu commute é raro cruzar-me com muitos outros utilizadores de bicicleta mas sempre que nos cruzamos há aquele cumprimento de segundos em que desejamos que o parceiro do pedal chegue ao bem ao seu destino.
Hoje aconteceu cruzar com o VR, mas há dias cruzei com o PR e outro dia com o RL num commute para Lisboa. Somos poucos mas sempre que nos cruzamos enche-nos a alma ver que não desistimos e começamos a ser cada vez mais.
Aos automobilistas também cumprimento, quando eles estão parados paradinhos e tem tempo para me verem... :) Pode ser que alguns percebam.
Exm.ºs Senhores
Polícia de Segurança Pública da Divisão de Trânsito de Oeiras
Venho pelo presente denunciar uma condução muito perigosa por parte de um condutor de veículo ligeiro, com a matricula XX-XX-XX, que sucedeu dia DD de dezembro de 2016 por volta das HHhMM na denominada Estrada de Paço de Arcos deslocando-me no sentido Oeiras para S.Marcos na zona da rotunda que dá acesso ao Tagus Park nas imediações do MAI e da ANSR.
O veículo referido efetuou uma manobra perigosa sem reduzir a velocidade e fazendo uma ultrapassagem razante sem deixar a margem de segurança mínima, e pelo lado direito na área de berma. Repito: ultrapassagem pela berma à direita.
Foi uma manobra perigosa e ilegal que me podia ter causado danos e em total desrespeito aos artigos 18º 38º do Código da Estrada e acima de tudo em desrespeito à vida humana de outrem.
Artigo 18.º Distância entre veículos
Artigo 36.º Regra geral (de Ultrapassagem)
Artigo 37.º Exceções (de Ultrapassagem)
Artigo 38.º Realização da manobra (de Ultrapassagem)
Denuncio esta situação, não só porque exige-se um ambiente mais seguro e civilizado para todos os utilizadores da via pública, em especial os mais vulneráveis (i.e. utilizadores de bicicletas e peões), mas também exige-se o cumprimento da lei, e comportamentos adequados por parte dos condutores de veículos motorizados que acarreta uma maior responsabilidade na via pública.
Gostava de ver assegurada uma via pública mais segura para todos os utilizadores, em especial os mais vulneráveis como são peões e utilizadores de bicicletas. Ninguém merece ter que sofrer estas agressões por parte de condutores agressivos e perigosos.
Em anexo envio fotografia/video para vossa avaliação.
Eventualmente os condutores dos veículos que circulavam atrás podem ser testemunhas do sucedido, nomeadamente com as matrículas XX-XX-XX e XX-XX-XX.
Anseio pelo dia que o nosso legislador e as entidades competentes tenham os mesmos métodos de fiscalização que, por exemplo, a Polícia Metropolitana de Londres de forma a criar um melhor e mais seguro ambiente para todos os que usam a via pública. http://content.met.police.uk/Site/roadsafelondon
«Video footage (...) Some points to bear in mind regarding video submissions: Videos should be submitted within 48 hours of the event. Footage should be of high quality and include at least two minutes before and two minutes after any incident. For prosecution purposes, video evidence can only act as corroboration. This means that you will need to attend a police station and give a written statement and must be prepared to attend court to give evidence in person. Videos should not be edited in any way. They must not rely on a perception of distance such as a close pass as the apparent distance will vary according to the type camera and settings. There are other issues with video evidence, such as parallax error, which makes objects appear close together when they are seen in line. In general, evidence of provocation or disproportionate reaction will mean that no action is taken.»
Apesar de não ser um tema que deveria ser politizado parece que veio à liça por diversos "ilustres" (que de ilustres nada têm a não ser terem espaço mediático para discorrem a sua verborreia e opinião inquinada) após alguns insucessos por determinados partidos políticos que atacavam as políticas da CM Lisboa pela tímida abordagem a melhorias na mobilidade em modos ativos na capital do reino.
Primeiro foi o CDS Lisboa a querer mobilizar o povo contra o que dizia ser um atentado dos seres pensantes da CM Lisboa aos automobilistas que precisam de usar o seu carro. Até convocaram buzinões que deu em nada.
Recentemente foi o PSD Lisboa a dar um tiro no pé com a sua desonestidade intelectual a afirmar num video que o investimento em ciclovias serviam em 5 dias apenas 5 utilizadores de bicicletas.
Agora que o tema virou moda os tais "ilustres" vieram a terreiro mandar bitaítes sobre o tema, defendendo o seu umbigo e contra o que desconhecem ser a evolução das restantes capitais europeias e até mundiais.
Lisboa, em estado de sítio - Nuno Rogeiro http://www.sabado.pt/opiniao/cronistas/nuno_rogeiro/detalhe/lisboa_em_estado_de_sitio.html
«O que aparece como justificação para a quase totalidade dos trabalhos é a criação de "passeios mais amplos e confortáveis" e "mais ciclovias". E, como se pode ver de algumas empreitadas terminadas, passaremos a ter ruas mais estreitas, em que a circulação de veículos será mais difícil, mais lenta, mais arriscada.»
Este video ilustra bem o tema dos 50kms/h dentro das localidades e a tal coisa de circulação de veículos lenta em ruas estreitas de forma arriscada.
(Conseguem ver os carros estacionados em cima dos passeios, em excesso de velocidade e o outro que se espetou contra um mupi no passeio? A culpa deve ser das ciclovias...)
E o que se faz no resto da Europa, nas capitais dos reinos que nos são próximos?
Por cá temos o nosso vereador da mobilidade da CM Lisboa atento ao que interessa...
e ainda hoje lá passei e vi outra família a rolar...
Felizmente nem todos estão a cair no conto do vigário e já perceberam que há uma diabolização para estigmatizar os ciclistas de forma a ganhar votos e tal...
Ciclistas: a construção do inimigo - Tiago Saraiva http://ionline.sapo.pt/artigo/537921/ciclistas-a-construcao-do-inimigo
«Ignorando todas as questões ambientais e de saúde pública com as quais se costuma defender a maior utilização da bicicleta em circuitos urbanos numa cidade como Lisboa - em que se leva anos de atraso - e num momento em que se anuncia a introdução de 1400 bicicletas partilhadas, a construção deste inimigo atenta contra a vida de antigos e novos ciclistas urbanos.»
Decidimos todos os dias, votamos em quem quer mudar para melhor... pensem bem!
Ainda no rescaldo da polémica do PSD Lisboa que teve a infeliz ideia de dar um tiro no pé no que concerne ao pensamento político e a gestão do espaço público, algo que deveria alertar os demais políticos e responsáveis das Câmaras e Juntas, eis que hoje me defrontei com a materialização de mais uma dessas obras que só saem da cabeça de gente que está 40 anos atrasado no tempo e só pensa na mobilidade pela forma mais errada para as nossas urbes modernas.
Depois da saga onde se espelha a realidade atual na Estrada da Outurela em Carnaxide nomeadamente:
Só posso concluir que a ficção imita a realidade depois de constatar que a obra continua a ser materializada em total contra-ciclo com aquilo que são as orientações do governo, dos ministérios e secretarias de estado, do orçamento nacional, das organizações de saúde, das grandes e modernas cidades europeias e até mundiais para mais uma vez prejudicar as pessoas no geral e beneficiar os apenas alguns que tem poder de compra para possuir veículo motorizado particular, sendo este o principal motivo de congestionamento das nossas urbes e por arrasto da insegurança que se sente nas ruas e estradas.
Graças à nova configuração que algum ser inteligente concebeu e outro ainda maior teve a indecência de aprovar agora temos que os únicos beneficiados desta situação são os automobilistas que mais uma vez são, na visão dos decisores, os únicos que representam a "mobilidade".
Desta forma engenhosa temos agora uma situação onde os carros galgam os parcos passeios, coisa que não acontecia antes desta ridícula e imbecil má solução.
Depois mais tarde passei novamente na Estrada da Outurela, e afinal foram só "5 minutinhos" que duraram horas.
Moro na freguesia de Carnaxide vai para 11 anos, mas já por cá circulo e faço vida desde 2000 e nunca tinha visto nesta estrada o que vi hoje fruto da imbecilidade de quem não se adequa ao tempos e insiste numa paradigma obsoleto de mobilidade urbana.
Como é que um peão, um idoso, uma criança, um cego, uma pessoa de cadeira de rodas, alguém numa bicicleta podem circular em segurança se só se olha e investe na mobilidade automóvel?
Estamos a ser geridos por incompetentes que nos tolham o futuro, uma e outra vez mais. Da minha parte já sei em quem não votar, e vou espalhar a palavra!
Este texto foi enviado ipsis verbis para as entidades competendes no concelho de Oeiras e freguesia de Carnaxide, nomeadamente o presidente da CMO, vereador da mobilidade e presidente da Junta, assim bem como para entidades do foro estatal, e partidos políticos que atuam no concelho de Oeiras.
Há dias numa conversa voltei a ouvir "andam a gastar o nosso dinheiro a fazer ciclovias para meia-dúzia de aficionados das bicicletes" e que o que deveriam fazer "era apostar em mais estradas e mais estacionamento automóvel".
E por mais que se explane e argumente parece que os fanáticos e radicais extremistas são os que querem equilibrar a balança nos direitos e deveres e acima de tudo das liberdades de escolha, porque se escolher andar de carro é um direito a liberdade de não o fazer também o é, mas a sociedade (essa vil entidade que parece que uns se escusam de pertencer) obriga-nos a todos à subserviência do status quo.
Isto tudo lembrou-me que há uns tempos postei um video de uma manhã de commute quando ainda trabalhava em Lisboa e um grande amigo lá longe nos USA, a lutar pela vida, não se coibiu de mandar uma farpa na brincadeira a dizer algo assim: "Pois não admira que esse país esteja em crise, fazem uma ciclovia só para ti!"
Esta deve ser das melhores ciclovias de Lisboa, pelo meu entendimento e admito que não as conheço todas, e das que menos deve ter custado pois foi "apenas" pintar o alcatrão que já existia e meter muitas proteções de barreiras de betão, e depois mais tarde fazer um viaduto para haver menos conflito num cruzamento com os automóveis.
Mas o que me lembrou este video foi a frase: "Pois não admira que esse país esteja em crise, fazem uma ciclovia só para ti!"
Então mas não andam a alcatroar meio-Portugal com autoestradas que muitas delas tem contratos PPP com estimativas de utilização que estão a ficar aquém e assim todos nós pagamos com os nossos impostos a essas concessionárias para que os contratos sejam honrados?
Parece que em 2014 estávamos em 2.ºlugar no Mundo e o 1.º na Europa!! Orgulho? Eu não! "Portugal tem a segunda melhor rede rodoviária do mundo Portugal ocupa o segundo lugar a nível mundial – e o primeiro na Europa – do ranking relativo à qualidade das infra-estruturas rodoviárias, de acordo com a classificação atribuída pelo Fórum Económico Mundial no Relatório Global da Competitividade 2014-2015 divulgado esta quarta-feira. (...) No terceiro lugar do ranking está a Áustria, seguindo-se França, Holanda e Singapura." http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/estradas
Entretanto com a crise e tal já vamos em 4.º lugar da Europa.
Mas continuamos num país rico no que concerne ao automóvel. Orgulho? Eu não! "Portugal tem as quartas melhores estradas da União Europeia As estradas portuguesas são as quartas melhores da União Europeia (UE), segundo o quadro de indicadores relativo aos transportes na UE e em que Portugal ocupa o 20.º lugar, divulgado esta quinta-feira pela Comissão Europeia." https://www.publico.pt/2016/10/27/sociedade/noticia/portugal-tem-as-quartas-melhores-estradas-da-uniao-europeia-1749078
Eu não estou a dizer que não é bom termos boas estradas, e que isso é de louvar, e que nos permite ter cada vez menos sinistralidade e andarmos em segurança, escusamos é de ter taaaaannntooo alcatrão comparativamente com outros países pela densidade populacional e outros indicadores.
É que depois andamos tooooodooos a pagar isto...
"Não há investimento público? 92% das verbas para investir vão pagar as PPP A última estimativa — números de setembro da Unidade Técnica de Apoio Orçamental — para o investimento público este ano na administração central aponta para uma verba de 3.105 milhões de euros, dos quais estavam executados 52,2%, abaixo dos 65% registados no mesmo período do ano passado. Uma análise rápida ao quadro do investimento na administração central revela-nos que a Infraestruturas de Portugal (IP) é a grande protagonista do investimento público. Ainda com base na mesma estimativa, o orçamento da empresa que gere as redes de estradas e caminhos-de-ferro ascende a 2.101 milhões de euros para 2016. Ou seja, a IP representa 68% do bolo total do investimento do Estado. (...) Mas quando vamos analisar de perto o orçamento da empresa, chegamos à conclusão que a margem para fazer novos investimentos é muito curta, isto porque os valores estão inflacionados pelos pagamentos às Parcerias Público Privadas (PPP) que entram na conta do investimento. Dados avançados ao Observador por fonte oficial da IP confirmam que a esmagadora maioria do orçamento para investimento da empresa se esgota nos pagamentos aos privados das Parcerias Público Privadas (PPP). (...) Ainda que estejam na calha mais investimentos na ferrovia, o insustentável peso das PPP continua a fazer-se sentir na conta de investimento do Estado no próximo ano. Os encargos com as parcerias, no valor de 2.007 milhões de euros, ainda representam cerca de 50% do total do programa do Ministério do Planeamento e Infraestruturas como sublinha o parecer da comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas sobre o Orçamento do Estado para 2017." http://observador.pt/2016/11/25/nao-ha-investimento-publico-92-das-verbas-para-investir-vao-pagar-as-ppp/
Este artigo do blog MenosUmCarro já é "antigo" mas quiça ainda tem muita informação atual: "Auto-estradas? Somos os campeões em qualquer estatística" http://menos1carro.blogs.sapo.pt/tag/auto-estradas
Mas não admira que tenhamos tanta autoestrada, tanto alcatrão, tanto estacionamento nas cidades que cada vez tem piores transportes públicos, menos passeios, menos jardins, não admira...
Há uns tempos fui à terrinha ver a família e como a ferrovia está em declinio e a ser desmantelada linha a linha - em vez de ser um investimento é um desinvestimento - lá fui com o meu carro, que é para isso que ele me serve maioritariamente, as grandes viagens à terra e de viagens de férias, viagens curtas para carregar volumes e admito que por força da sociedade é o transporte que tenho por obrigação usar para levar a prole à escola que dista a uns não mais de 4 kms de casa.
Há vinda voltei a pensar nas palavras do meu amigo: "Pois não admira que esse país esteja em crise, fazem uma ciclovia só para ti!"
Obrigado ó contribuintes de Portugal, passado, presente e futuro, pelas autoestradas que fizeram só para mim! Sóis grandes!
Pequenos troços acelerados 8x da A24, A25 e A8.
Haja dinheiro para a vaca sagrada!!!
Aqui estão as escolas, hostpitais, cultura, desporto, lazer, apoios sociais, ferrovia, apoios à economia, etc que nos faltam! Somos ricos para c@rlh0!
Big Yellow Taxi : Counting Crows
They paved paradise And put up a parking lot With a pink hotel, a boutique And a swinging hot spot Don't it always seem to go That you don't know what you've got til its gone They paved paradise And put up a parking lot They took all the trees And put 'em in a tree museum And they charged the people A dollar and a half to seem 'em No no no Don't it always seem to go, That you don't know what you've got Til its gone They paved paradise And put up a parking lot Hey farmer farmer Put away the DDT I don't care about spots on my apples Leave me the birds and the bees Please! Don't it always seem to go That you don't know what you've got Til its gone They paved paradise And put up a parking lot Hey, now they paved paradise To put up a parking lot Why not? Listenin' late…
É alcatroar tudo e meter estacionamento!!!
E a propósito de políticas e ideias de desenvolvimento para o país, que dizer deste excelente vídeo do PSD Lisboa? Elucidativo não é? Assim é fácil decidir em quem não votar!
Estes do partido laranja nem chegaram a contar a tal "meia-dúzia de aficionados" em 5 dias de filmagens que alguém me mencionou em conversa... devem ter escolhido os melhores horários para as filmagens. Desonestidade intelectual? Manipulação?
Agora que o tempo invernoso já está a chegar, em novembro/dezembro, os alforges que tinha não dáva para levar toda a parafernália que preciso, e descobri um pouco ao calhas uns novos alforges que achei em conta e decidi adquirir numa dessas grandes superfícies de material de desporto.
Antes e depois:
Cada lado leva 20 litros! O suporte só aguenta 25kg mas para o que é serve bem...
Felizmente que a bina é elétrica :)
É que leva tudo!!! Casacos, computador, compras...
Ponto negativo: é muito mais volumoso!
Para passar em certos sítios é mais chato, e a estacionar tb causa algum atrofio.