Sinalização horizontal

Tuesday, March 31, 2015

Para além da iluminação pública que está já quase toda ela ligada (ver aqui) - agora com a mudança da hora vai ser menos necessária (ainda faltam alguns postes de iluminação, espero que não se esqueçam deles) estão a fazer mais melhoramentos na Estrada da Circunvalação em Lisboa...

Parece que as preces (as queixas e exigências) surtiram efeito e andam a pintar passadeiras e demais sinalização horizontal no percurso de Alfragide para Lisboa via a Estrada da Circunvalação. Iuupíii!

Hoje de manhã reparei que repintaram algumas passadeiras e ao chegar ao viaduto que passa do lado da Decatlhon para a Estrada da Circunvalação estavam os ciosos trabalhadores a pintar um frondoso STOP.


Espero hoje quando voltar para casa ao final do dia ver mais intervenções destas que melhoram muito o trânsito que ali fluí. Depois reporto.

Agora bom bom bom era fechar uma das faixas ao transito motorizado e pintar o símbolo de bicicletas no chão. Isso é que era! :)


As coisas estão a mudar, devagar devagarinho mas a mudar... e cada vez há mais gente a commutar ali naquele percurso - infelizmente e dada a perigosidade da estrada são apenas só homens na faixa dos 25 aos 50. Ainda não é um troço para todas as idades e vontades. Talvez com uma ciclovia... quiça um dia...


Adenda:
Voltei acelerado à vinda para casa de bina, vá ia a 30kms/h com os carros a bufarem-me na nuca, e não fui muito atento mas pareceu-me que na Estrada da Circunvalação que pertence a Lisboa não pintaram nada, apenas pintaram nas partes que pertencem à C.M. Amadora.
Menos mal, mas a parte mais importante até era a que pertence a Lisboa. Oh! :(

Dias que vim de carro e os miseráveis passeios de Lisboa

Tuesday, March 24, 2015

Estamos quase a acabar o primeiro trimeste de 2015 e já perdi a conta aos dias que vim de bicicleta para o trabalho este ano.

Antes era fácil de contabilizar, era tipo uma vez por semana ou nem isso. Depois passou a uma a duas vezes por semana, e foi estabilizando gradualmente. Tem semanas que consigo vir os 5 dias! Não foram muitas, mas praí umas oito semanas (desde que iniciei isto de vir de bicla) já consegui fazer o pleno!

A verdade é que venho ainda a alternar muito entre bicicleta e scooter, não é metade/metade mas cada vez se balança mais entre as duas formas de deslocação.

Agora o que eu sei de cabeça é as vezes que vim de carro.
Este ano vim duas vezes a conduzir o meu carro, e hoje vim à pendura com a Babe no carro dela.

Portanto duas black marks e uma grey mark vá!


A Babe teve de me deixar ainda um pouco longe do meu local de trabalho pelo que tinha a possibilidade de ir apanhar o Metro e fazer duas estações ou ir a pé, já que tinha tempo.

Decidi caminhar.

É abominável ao que chegaram as condições para o trânsito pedonal na capital do reino.
Fiz cerca de 1,5 a 2 kms até ao meu local de trabalho e a desgraça com que os peões são presenteados parece de um país terceiro-mundista.

"Ah e tal estás a exagerar!"
Olhe que não, não não! É a verdade verdadeira.

Ele é carros em cima do passeio, é má calçada portuguesa com pedras soltas por todo o lado, e muitas das vezes não é por causa dos carros mal estacionados que as soltam é simplesmente por ser um pavimento arcaico e bacoco, passeios desnivelados, esburacados, escancarados, andaimes de obras que atravancam os passeios e obrigam a ir para a estrada, cercas de jardins (aquelas coisas metalicas dos canteiros) ferrugentas ao nível dos tornozelos, esplanadas que muitas devem ser ilegais, caixotes do lixo dos prédios que as pessoas ainda não recolheram, motas, sinais de trânsito no meio dos passeios diminutos, até bicicletas a rolar em conflito com os peões, enfim... uma aventura.
É mesmo muito mau!

No entanto li hoje no Jornal i esta pequena notícia:


Espero que se despachem com o raio do estudo e comecem a implementar isso depressa. Não é rocket-science!

Este teste que fizeram há tempos na Avenida 5 de Outubro a mim parece-me muito bem! Siga! Go! Go!




Ah, e o que é que este post tem a ver com bicicletas?
Tem que estou a ressacar vir de bicicleta para o trabalho!
Esta semana ainda não vim e a semana passada só vim um dia... tá mal!

E neste pequeno percurso que fiz a pé no centro de Lisboa (passei no Marquês e tudo) é só gente a rolar de bicicleta para o trabalho! As coisas estão a mudar. :)


Meus são os olhos de Deus!*

Saturday, March 21, 2015

"Mine are the eyes of God" - Corrosion of Conformity

Os olhos é algo que temos de ter algum cuidado quando andamos de bicicleta.

Nos idos tempos de BTT não dispensava um óculos de sol, pois no meio do mato há sempre uma silva ou um ramo que nos pode cegar para todo o sempre.

Mas mesmo nos estradões abertos eu sempre chorei abundantemente com o ar a bater nos olhos, pelo que era imprescindível levar sempre algo para os proteger dos elementos (vento, areias e poeiras, chuvas) e dos insectos/bicharocos.

[Faz-me muita confusão aquela malta que anda de moto/scooter com capacete aberto sem viseira a levar com o vento na cara, e às vezes até vai a fumar um cigarro.]

Agora nos meus commutes não é diferente, qualquer dia de vento me faz largar lágrimas, qualquer descida mais acentuada ou reta acelerada faz verter o sal dos olhos. Por isso não dispenso nunca uns óculos de sol.

Mas isto dos commutes trouxe um desafio acrescido, daquelas coisas em que normalmente não pensamos... é que à noite óculos de sol não dá jeitinho nenhum!

De noite e em dias de inverno uso estes:



Em dias claros uso estes:



O meu commute é de 11kms + 11kms pelo que eu uso alguns apetrejos específicos para a deslocação e isto dos óculos é algo que já não dispenso. Mas nos percursos dentro da cidade de 2kms a 3kms obviamente que não tenho essa parafernália toda, é agarrar na bina e siga.

Tenho reparado que cada vez mais commuters de longo curso usam este tipo de proteção de óculos simples e leves, nomeadamente os transparentes à noite.

Os olhos, cuidado com os olhos...

* Cada um acredita no que quer, eu sou ateu. Just saying.

Pensar fora da caixinha...

Monday, March 16, 2015

(Isto anda tudo ligado, por isso no fim tem tudo a ver com bicicletas...)


Auto Estrada 5 : Cascais > Lisboa com via reservada de BUS

E não, a minha ideia não é fazer uma ciclovia na A5, mas apesar de que a ideia de descer aquela grande inclinação no sentido de Lisboa até ao viaduto ser apelativa! :)

A minha ideia é muiiiito simples, custará "pouco" dinheiro em implementar, terá impactos brutais - em termos de ambiente, de cultura, uso dos transportes, económicos (mais para uns e menos para outros) e é isto:

Tornar a via de trânsito da esquerda da A5 nos kms de Linda-a-velha até à entrada em Lisboa numa via reservada a BUS+Motociclos.

Hoje tive de vir de scooter (125cc) e vim pela A5, e mais uma vez constatei kms de filas de veículos ligeiros (de uso particular) em que a grande maioria (>95% - contas de merceeiro) apenas tem o condutor. Esta entropia nas artérias impede a livre circulação dos autocarros, o que assim afasta a vontade de usar esse meio a não ser pelo menos abonados. Mas a verdade é que ir de carro ou de autocarro em termos de tempo de deslocação vai dar ao mesmo - não compensa. Ou até compensa mais ir de carro.

Alguém mais sabedor que eu nestes temas me dizia que:
«A tua observação empírica na A5 atesta apenas os estudos :) A taxa média de ocupação de automóveis na Europa é 1,2 pax por carro, valor que podia ir de 1 a 5. Se considerarmos apenas passageiros exceto condutor, temos uma taxa de ocupação de 0,2 num intervalo de 1 a 4, fazendo com que a taxa de ocupação seja em média de apenas 5%. A isto denomina-se ineficiência extrema

Acredito mesmo que uma via, e apenas uma, no sentido de Cascais>Lisboa dedicada a BUS+Motas poderá potenciar e muito o uso dos TP e diminuir drasticamente o número de veículos a entrar todos os dias na capital. Para a saída no sentido Lisboa>Cascais não é preciso intervenção pois com a diminuição do número total de veículos o trânsito será auto-regulado.

Em tempos falei disto a um amigo que esteve ligado a entidades em Portugal com responsabildiades nas estradas e obras públicas e afins e que me respondeu (mais ou menos isto):
"Ó amigo, há contratos assinados! Há muito dinheiro envolvido. Para veres, existe um valor máximo de veículos que a A5 comporta, quando atingido certos valores médios mensais/anuais terá de ser feita mais uma faixa para alargar este eixo. A ideia nunca será diminuir faixa, mas sim aumentar." - as palavras não foram estas, mas a ideia foi mais ou menos isto.

Ver estes dados fatuais das entidades competentes:

http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/InfraestruturasRodoviarias/RedeRodoviaria/Relatrios/Relatorio_Monitorizacao_RRN_2012-2013.pdf

http://www.ansr.pt/Estatisticas/Documents/2013/Relat%C3%B3rio%20Nacional%20Anual%202013-%20V%C3%ADtimas%20a%2024%20horas.pdf

E isto seria uma medida socialmente aceite! :)

Outra ajuizada pessoa também me disse:
"Além disso existe um mega-grande-hiper parque de estacionamento denominado de Jamor (Estádio Nacional), onde os autocarros poderiam recolher os passageiros que de alguma forma poderiam ir ali estacionar."

Observar a quantidade de motas a rolar, que podiam mais rapidamente e em segurança ir na faixa do BUS, e reparar no n.º de autocarros a rolar nestas filas de trânsito...




Um pouco mais atrás na zona de Oeiras é assim que o trânsito não circula... e os autocarros tem de gramar esta lentidão.



E porque é que isto tem a ver com bicicletas?

Bom, porque menos trânsito motorizado a circular nas ruas da capital implica mais segurança para as bicicletas, claro está!

E materializar isto? Como é? Quem ajuda?

Assim tipo isto:


Elas andam aí...

Tuesday, March 10, 2015

A propósito do Dia da Mulher - que está estabelecido a 8 de março, mas que devia ser todos os dias (percebo a comemoração pela coragem de quem outrora lutou e morreu pelos direitos de todas as mulheres, mas faz sentido manter esta "descriminação positiva"? eer, não sei!) e onde as minhas duas Mulheres foram prendadas com umas singelas rosas - lembrei-me de escrever sobre um tema que já antes queria meter em palavras.


Há uns dias tive de ir de scooter para o trabalho, e por razões que não interessa referir acabei por ir pela Radial de Benfica onde mirava invejoso os meus habituais "parceiros" de commute que àquela hora costumo cruzar na ciclovia.

Eis que senão quando pelo canto do olho reparo numa bicicleta que nunca antes vira àquela hora naquele percurso... e, parecia mesmo uma moça a commutar (presumivelmente, ia de mochila às costas)... seria?
Nah! Talvez ilusão, foi num fugaz momento, demasiado rápido...

Ontem, 9 de março, à ida para casa e com os dias a ficarem mais largos, distraí-me e fui um bocaxinho mais tarde... e eis que senão quando vejo a dita moça a cruzar-se comigo na ciclovia de mochila às costas, a commutar (presumivelmente).

E isto tudo para dizer o quê?

Andam muitas mais bicicletas a rolar por essas ruas e estradas agora que a chuva deu tréguas, que o tempo está mais ameno, e que os dias se esticam até mais tarde...

...mas muitas são de senhoras/meninas e isso é sinal de que as coisas estão a mudar!

Ladies biking all over town! WOW!

O que me fez lembrar esta musiquinha dos "Flight of the Concords" - 'Ladies of the World' :)





Vamos refletir?

Friday, March 6, 2015

Pneuzinhos semi-novos com fita refletora...


(atrás do alforge está outro refletor meia-lua, falhei na foto, paciência)
(sim, o selim está mesmo no limite, eu sei!)


Código da Estrada
https://dre.pt/application/dir/pdf1s/2005/03/059B02/00090010.pdf

O n.º 11 na alínea a) da Portaria n.º 311-B/2005 de 24 de Março refere:
Os veículos devem ainda possuir, nas rodas, reflectores com as seguintes características:
a) Número mínimo em cada roda: dois se forem circulares ou segmentos de coroa circular ou apenas um se for um cabo reflector em circunferência completa.

Can you see me now bitches?

Ainda esta passada sexta por volta das 19h15 ao vir para casa vi em sentido contrário um mocinho dos seus 10 anitos sozinho numa BMX encostadinho à berma (que ali tem um palmo) e encolhidinho, qual ratinho na pradaria, sem qualquer iluminação ou reflectores numa parte em que a estrada tem pouca iluminação pública. Isto com os carros a fazer razias a 70kms/h.

Iluminem-se e façam-se ver!

Empatia e a praga que aí vêm

Tuesday, March 3, 2015

Já quando ia com os amigos à Serra de Sintra fazer BTT havia o chamado "espírito da montanha" onde os BTTistas se cumprimentam ao se cruzarem, o que para quem se iniciava nessas aventuras era algo que se estranhava, mas depois passava a normal.

No commute acontece o mesmo. Com o passar dos dias, das semanas, dos meses, começamos a cruzar com algumas pessoas e começa a haver um cumprimento envergonhado, depois passa a rotineiro e um dia passa a conversa (quando no mesmo sentido).

Aconteceu-me já com várias pessoas com quem me vou cruzando no meu commute... não ficamos amigos, não trocamos telefones, nem combinamos copos, mas existe ali uma cumplicidade da situação. Se calhar existe por sermos poucos, se calhar é por empatia por nos considerarem "esquisitos" e "maluquinhos", não interessa... o facto é que é algo global e não local.

As pessoas que commutam de bicicleta vivem mais o seu commute e socializam mais com os restantes commuters (principalmente se forem de bicicleta, óbvio)!


Há tempos ia a chegar a casa com um meu amigo/vizinho commuter e ia um rapaz numa subida a levar a sua bina pela mão, o meu parceiro de viagem cumprimentou o rapaz e perguntou se estava tudo bem e se precisava de ajuda. Pela forma descontraída perguntei se o conhecia. Que não mas como levava a bicicleta à mão era para saber se estava com algum problema.

A semana passada tive um furo lento, e parei na ciclovia a encher o pneu. Passou um senhor que já tenho visto amiúde e perguntou se estava tudo bem e se precisava de ajuda. Agradeci e disse que não. Ele seguiu. Apanhei-o mais à frente e fomos na conversa uns 3 kms.

A verdade é que antigamente os condutores de veículos motorizados também se ajudavam uns aos outros e se respeitavam, mas hoje em dia é cada um dentro da sua viatura metido na sua vida e o resto é apenas "paisagem".

Há uma empatia quase natural entre os ciclistas...
Infelizmente, não em todos os ciclistas... há sempre uns palermas, mas isso há em todo lado né?

Outra coisa que tenho reparado agora que o tempo está mais ameno e os dias a começar a ficarem maiores é que há muito mais bicicletas a circular. Mesmo...

Hoje de manhã a caminho do trabalho num curto espaço de 300 metros numas ruelas onde nunca encontrei nenhuma bicicleta cruzei-me com três.
Uma moça com uma bina muita gira - sem capacete, roupa normal. Um jovem nos 30 com uma bicicleta com cadeirinha e trazia um capacete de criança, pelo que assumo que tivesse ido deixar a descendência à escolinha - sem capacete, roupa casual mas não de trabalho. E enquanto estava parado no vermelho (sim eu sou desses) vejo passar um moço numa BTT com uma mochilona às costas - de capacete e licrado.

De onde veio esta gente toda?!


É uma praga!
E nós não estamos preparados para lidar com esta praga!
Vai ser o caos... bicicletas por todo o lado!

Quando os peões tem mesmo prioridade

Sunday, March 1, 2015

Existe alguma fricção entre os Carros e Motas, entre Motas e Autocarros, entre transporte motorizado e Bicicletas, e entre Bicicletas e os Peões. E temos todos de viver uns com os outros.

Há tempos apercebi-me deste sinal na zona das Docas em Lisboa, e postei num grupo sobre ciclismo urbano onde discorreram vários comentários sobre o assunto:


A verdade é que uns tempos depois passei lá (num dia de semana) e vi esta nova sinalética que ainda lá está:



E hoje fui lá almoçar com as babes e sendo domingo soalheiro há montes de gente a passear, e é efetivamente muito complicado com famílias, crianças, carrinhos de bebé, runners e joggers, e empregados das esplanas as bicicletas passarem em segurança.

Muita gente já desmonta, mas há muitos desportistas e distraídos que não o fazem, alguns sabendo da sinalética existente, outros por pura ignorância do tema e porque "não estou a incomodar ninguém".



Este pequeno troço de 280 metros já deveria ter uma solução pensada para a convivência dos utilizadores deste espaço.

Adenda
Sobre este tema do respeito com o peão ler este artigo da MUBi:
Respeito: 7 regras para com os peões

 

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