Último dia de trabalho em Lisboa city onde o meu vizinho e amigo me apanhou no commute, eu de "Felicidade" e ele (com maleitas no corpo nesse dia) de carro.
Desde há semanas que o meu commute se tem resumido a um misto entre a scooter e o carro, por um trânsito infernal de manhã e ao final do dia...
Como diz a velhinha musiquinha dos "Pop will eat itself":
"Is this the future or this is how it will end?"
Pop will eat itself - Everything is cool
https://www.youtube.com/watch?v=fxYyTHEwO7U
Estou mas é decidido a abrir os cordões à bolsa e a "eletrificar" a minha "Felicidade" para conseguir vencer as subidas e descidas e tentar voltar a commutar de bicicleta que isto mete uma pessoa doente, para além de que me sinto a engordar!
É uma praga...
Wednesday, November 25, 2015
...quase de proporções tão biblícas com a dos gafanhotos - mas para melhor!
Lisboa está repleta de bicicletas e ciclistas urbanos. Não há rua (no coração da cidade) que não tenha uma em movimento, deslizando no asfalto, calçada ou ciclovia.
Todos estes dias solarengos de novembro estão polvilhados de bicicletas de todos os tamanhos, preços e feitios, e sobretudo de gentes diferentes - do mais miúdo ao graúdo, dos desportistas aos executivos de fato, das miúdas adolescentes às senhoras elegantes de saia e tacão.
Multitude de gente!
As pessoas estão com vontade de agarrar esta forma de deslocação, mas deveriam as entidades competentes fazer mais e potenciar este meio suave e ativo (económico, sustentável, amigo do ambiente) com infraestruturas e mecanismos que fizessem com que a adopção fosse mais célere e simples.
O problema de mais gente a enveredar por esta forma de deslocação é que algumas pessoas não o fazem corretamente, não respeitando certa sinalização, circulando em conflito com os peões nos passeios, não usando luzes à noite... é algo que tem ainda de amadurecer na cultura do novo ciclista urbano, mas hei ninguém nasce ensinado! Baby-steps!
Ontem no commute para casa encontrei o "Tio Irritado" a rolar vagorosamente e ao comentarmos que realmente Lisboa estava cheio de bicicletas a rolar ele sorriu e diz: "Potenciais clientes!"
(ele tem uma oficina que já mencionei aqui: VeloCorvo)
Venham elas! Venham as bicicletas! Invadam!
Lisboa está repleta de bicicletas e ciclistas urbanos. Não há rua (no coração da cidade) que não tenha uma em movimento, deslizando no asfalto, calçada ou ciclovia.
Todos estes dias solarengos de novembro estão polvilhados de bicicletas de todos os tamanhos, preços e feitios, e sobretudo de gentes diferentes - do mais miúdo ao graúdo, dos desportistas aos executivos de fato, das miúdas adolescentes às senhoras elegantes de saia e tacão.
Multitude de gente!
As pessoas estão com vontade de agarrar esta forma de deslocação, mas deveriam as entidades competentes fazer mais e potenciar este meio suave e ativo (económico, sustentável, amigo do ambiente) com infraestruturas e mecanismos que fizessem com que a adopção fosse mais célere e simples.
Ontem no commute para casa encontrei o "Tio Irritado" a rolar vagorosamente e ao comentarmos que realmente Lisboa estava cheio de bicicletas a rolar ele sorriu e diz: "Potenciais clientes!"
(ele tem uma oficina que já mencionei aqui: VeloCorvo)
Venham elas! Venham as bicicletas! Invadam!
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Estacionamentos de bicicletas
Sunday, November 22, 2015
Ontem à noite depois da "missa", onde assisti a mais uma vitória do bem contra o mal (hehehehe), de volta para o carro do amigo que me deu boleia vi com agrado ali na Cidade Universitária ao lado da Universidade de Letras, em Lisboa, este excelente exemplo do que é um estacionamento bem feito.
Só faltava mesmo ser coberto para ser perfeito.
Numa zona onde não incomoda os peões (o passeio é enorme) à entrada da universidade e aos olhos de todos, prático e como mandam os manuais.
Quais manuais? Estes dois e muitos mais:
1- Parqueamento bicicletas MUBi
2- Estacionamento para bicicletas FPCUB
Só faltava mesmo ser coberto para ser perfeito.
Numa zona onde não incomoda os peões (o passeio é enorme) à entrada da universidade e aos olhos de todos, prático e como mandam os manuais.
Quais manuais? Estes dois e muitos mais:
1- Parqueamento bicicletas MUBi
2- Estacionamento para bicicletas FPCUB
Já que as câmaras e demais entidades não se tocam e continuam a colocar objetos de arte sem sentido ou entorta-rodas, achei este exemplo fantástico. Provavelmente uma iniciativa da própria empresa em causa que se disponibilizou para o patrocinar, ou quiçá até um pedido da própria universidade, não sei...
Mas é uma forma simples de patrocinar equipamentos destes em museus, escolas, hospitais, etc.
Tanta empresa que deve estar disponível para por meia dízia de patacos ter a sua postura green e ficar bem-vista aos olhos da sociedade e ainda fazer publicidade.
Já uma certa empresa de desporto que vende muitas bicicletas ainda não percebeu as muitas dicas e pedidos dos seus clientes e faz esta bodega:
Este rapaz bem tentou mas o pneu era demasiado largo (felizmente) e como tal não conseguiu deixar a sua bicicleta no entorta-rodas.
Em vez de patrocinarem estruturas como a da universidade por toda a cidade e assim potenciar com publicidade, mas enfim...
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Orvalho fresquinho...
Friday, November 20, 2015
Nestes dias sabe mesmo bem ir de bicicleta para o trabalho, mas de manhã ao Sol está quentinho e à sombra ainda com o orvalho matinal está cá um fresquinho...
Este nosso novembro está a ser mesmo uma delícia para quem anda de bicicleta. Nao deve ter nada a ver com os novembros de Nova York :)
Mas há uma coisa que nunca muda, infelizmente, que é a insegurança dos meios ativos de mobilidade na Estrada da Circunvalação que ladeia o Bairro da Boavista... :( Até quando?
Será que um dia vão haver passeios e uma ciclovia para permitir ligar a cidade capital aos subúrbios de forma a que se evite o uso abusivo do transporte motorizado para se fazer meia-dúzia de quilómetros? Será que um dia haverá um iluminado que perceba a vantagem estratégica deste eixo como catalizador do uso da bicicleta como meio de locomoção?
Este nosso novembro está a ser mesmo uma delícia para quem anda de bicicleta. Nao deve ter nada a ver com os novembros de Nova York :)
Mas há uma coisa que nunca muda, infelizmente, que é a insegurança dos meios ativos de mobilidade na Estrada da Circunvalação que ladeia o Bairro da Boavista... :( Até quando?
Será que um dia vão haver passeios e uma ciclovia para permitir ligar a cidade capital aos subúrbios de forma a que se evite o uso abusivo do transporte motorizado para se fazer meia-dúzia de quilómetros? Será que um dia haverá um iluminado que perceba a vantagem estratégica deste eixo como catalizador do uso da bicicleta como meio de locomoção?
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Andar de bicicleta poupa dinheiro...
Monday, November 16, 2015
Já todos devem ter lido este mantra algures por essa internet a fora ou na tshirt de algum ciclista...
Agora que tenho andado menos de bicicleta para o trabalho, fruto da alteração dos horários familiares, e em breve vou mudar de local de trabalho ando e vou sentir bem na pele estas constatações (ainda assim ando a estudar maneira de conseguir ir de vez em quando de bike-to-work, a seu tempo).
Agora além de poupar dinheiro também fiquem sabedores que há a remota possibilidade de ganharem dinheiro...
Não, ainda não estamos ao nível daquelas notícias de que em Francia se pagará ao km percorrido de bicicleta para poupar no ambiente e em saúde - ideias malucas dirão os petrol-heads!
Notícia no Pedais.pt: "França paga 25 cêntimos/km a quem for trabalhar de bicicleta"
Ou até parece que há empregadores a pensar largo nos States, pelo menos pelo que diz o Yehuda:
"Many employers incentivize bike commuting these days. Are you taking FULL advantage or leaving money on the table?"
A possibilidade remota é que de bicicleta, ao contrário de dentro de uma latinha... podemos encontrar dinheiro! Yeeeaahhh!! Vinte aérios! :)
Ia super acelerado na ciclovia e quase que nem via, mas o cérebro lá processou e travei uns metros à frente e voltei para encontrar uma notinha sozinha abandonada...
Quando cheguei a casa e contei às babes e que não podia honestamente devolver ao seu dono pois não saberia de quem era, diz a mini-me: "Mas não tinha o nome escrito?" - funny!
Acabei melhor o dia que o comecei no commute. De manhã voltei a cruzar-me, como muitas dezenas de vezes, com peões que são marginalizados em estradas sem condições para circulação de meios suaves... ele é pais com crianças, carrinhos de bebé, turistas, ciclistas, à noite neste troço nem sequer há muita luz, enfim...
Mas ao lado destes railes há um novíssimo equipamento para fazer BMX que todos os dias está vazio... Já o disse e repito, é um ótimo equipamento para os jovens e para o desporto, mas as prioridades neste país devem andar trocadas ou sou eu que sou um estrôncio!
Agora que tenho andado menos de bicicleta para o trabalho, fruto da alteração dos horários familiares, e em breve vou mudar de local de trabalho ando e vou sentir bem na pele estas constatações (ainda assim ando a estudar maneira de conseguir ir de vez em quando de bike-to-work, a seu tempo).
Agora além de poupar dinheiro também fiquem sabedores que há a remota possibilidade de ganharem dinheiro...
Não, ainda não estamos ao nível daquelas notícias de que em Francia se pagará ao km percorrido de bicicleta para poupar no ambiente e em saúde - ideias malucas dirão os petrol-heads!
Notícia no Pedais.pt: "França paga 25 cêntimos/km a quem for trabalhar de bicicleta"
Ou até parece que há empregadores a pensar largo nos States, pelo menos pelo que diz o Yehuda:
"Many employers incentivize bike commuting these days. Are you taking FULL advantage or leaving money on the table?"
A possibilidade remota é que de bicicleta, ao contrário de dentro de uma latinha... podemos encontrar dinheiro! Yeeeaahhh!! Vinte aérios! :)
Ia super acelerado na ciclovia e quase que nem via, mas o cérebro lá processou e travei uns metros à frente e voltei para encontrar uma notinha sozinha abandonada...
Quando cheguei a casa e contei às babes e que não podia honestamente devolver ao seu dono pois não saberia de quem era, diz a mini-me: "Mas não tinha o nome escrito?" - funny!
Acabei melhor o dia que o comecei no commute. De manhã voltei a cruzar-me, como muitas dezenas de vezes, com peões que são marginalizados em estradas sem condições para circulação de meios suaves... ele é pais com crianças, carrinhos de bebé, turistas, ciclistas, à noite neste troço nem sequer há muita luz, enfim...
Mas ao lado destes railes há um novíssimo equipamento para fazer BMX que todos os dias está vazio... Já o disse e repito, é um ótimo equipamento para os jovens e para o desporto, mas as prioridades neste país devem andar trocadas ou sou eu que sou um estrôncio!
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Pedalada de Leão
Tuesday, November 10, 2015
Duas semanas inteiras de commute sem ser de bicicleta! Há muitos muitoooos meses que tal não acontecia... já estava a ficar doente de não pedalar para o trabalho!
A verdade é que desde que a mini-me entrou na "primária" agora em setembro que as rotinas mudaram, e outros coisas na minha vida profissional vão fazer-me mudar-me rotinas que me impedirão de andar tantas vezes de bicicleta como meio de deslocação para o trabalho :(
...mas enquanto posso, vou tentar commutar na Felicidade e esta semana começou com um dia solarengo mas fresquinho em que soube mesmo bem rolar.
No caminho de manhã dei com duas sumidades nisto da bicicleta como deslocação, tivémos umas palavrinhas de conversa e depois segui na minha "pedalada de leão" pois já ia atrasado para o mister.
Não sei se a malta de lisboa tem reparado mas há cada vez mais gente a andar de bicicleta em deslocação, nos semáforos é raro parar e não estar uma bicicleta ou ao meu lado ou na outra ponta da passadeira. Há cada vez mais pais a levarem crianças nas cadeirinhas, moças e senhoras de bicicleta com cestinha, e hoje até vi um engravatado numa bicicleta BTT. Verdade verdadeira!
E vi um speeder com uma bicicleta dobrável a descer a Fontes Pereira de Melo na via mais à esquerda mas a ultrapassar os carros, grande maluco. (E nos outros dias que tenho vindo de motinha vejo sempre dois ou três a subirem a mesma avenida na faixa do BUS encostadinhos à berma...)
Se os responsáveis que nos regem e as entidades competentes souberem fazer o seu papel as pessoas estão ávidas de ganhar o espaço público com os meios suaves de mobilidade.
Claro que quando ia para casa, na flamigerada zona do Bairro da Boavista lá tive de apanhar um energúmeno que me fez uma razia na zona da curva que há ali perto da bomba de gasolina, para mais à frente ficar parado numa fila de carros que iam virar à esquerda e que ultrapassei, mas ao manter a minha posição na via fez questão ao ultrapassar novamente de abrir o vidro e gritar para eu sair do meio da estrada para logo de seguida me cortar à frente e virar para o viaduto à direita.
Era um grande fi-da-pu!
Volto a pedir e é o meu último apelo, podem fazer o obséquio de votar nesta minha proposta do Orçamento Participativo de Lisboa 2015 ó sff?
É só enviar um SMS grátis para o 4310 com o texto 26.
https://www.facebook.com/ruaandradecorvo
http://ruaandradecorvo.blogspot.pt
A verdade é que desde que a mini-me entrou na "primária" agora em setembro que as rotinas mudaram, e outros coisas na minha vida profissional vão fazer-me mudar-me rotinas que me impedirão de andar tantas vezes de bicicleta como meio de deslocação para o trabalho :(
...mas enquanto posso, vou tentar commutar na Felicidade e esta semana começou com um dia solarengo mas fresquinho em que soube mesmo bem rolar.
No caminho de manhã dei com duas sumidades nisto da bicicleta como deslocação, tivémos umas palavrinhas de conversa e depois segui na minha "pedalada de leão" pois já ia atrasado para o mister.
Não sei se a malta de lisboa tem reparado mas há cada vez mais gente a andar de bicicleta em deslocação, nos semáforos é raro parar e não estar uma bicicleta ou ao meu lado ou na outra ponta da passadeira. Há cada vez mais pais a levarem crianças nas cadeirinhas, moças e senhoras de bicicleta com cestinha, e hoje até vi um engravatado numa bicicleta BTT. Verdade verdadeira!
E vi um speeder com uma bicicleta dobrável a descer a Fontes Pereira de Melo na via mais à esquerda mas a ultrapassar os carros, grande maluco. (E nos outros dias que tenho vindo de motinha vejo sempre dois ou três a subirem a mesma avenida na faixa do BUS encostadinhos à berma...)
Se os responsáveis que nos regem e as entidades competentes souberem fazer o seu papel as pessoas estão ávidas de ganhar o espaço público com os meios suaves de mobilidade.
Claro que quando ia para casa, na flamigerada zona do Bairro da Boavista lá tive de apanhar um energúmeno que me fez uma razia na zona da curva que há ali perto da bomba de gasolina, para mais à frente ficar parado numa fila de carros que iam virar à esquerda e que ultrapassei, mas ao manter a minha posição na via fez questão ao ultrapassar novamente de abrir o vidro e gritar para eu sair do meio da estrada para logo de seguida me cortar à frente e virar para o viaduto à direita.
Era um grande fi-da-pu!
Volto a pedir e é o meu último apelo, podem fazer o obséquio de votar nesta minha proposta do Orçamento Participativo de Lisboa 2015 ó sff?
É só enviar um SMS grátis para o 4310 com o texto 26.
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A cultura do povão
Thursday, November 5, 2015
Há tempos ia a subir de bicicleta a 5 Outubro, ali mesmo ao lado do Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, circulando no meio da via a defender o meu espaço quando me passa em aceleração um daqueles grandes jipes Volvo assim a roçar-me demasiado perto.
Ora com uma via toda livre ao lado aquele roçar foi totalmente desnecessário, e mais a mais o veículo continuou passando o semáforo sempre no meio da rua, ocupando metade de cada via.
"Que imbecil fdp* dum c@br@o" - pensei.
* fanático dos popós
Nesse dia porém tinha lido algures na net (facebook, forum da MUBi, blog de alguém) que deviamos dar o exemplo se queremos que os outros também nos respeitem. Que devemos ser cordiais e explicar às pessoas - automobilistas, motociclistas ou peões - que os utilizadores de bicicleta também tem o seu espaço, os seus deveres e direitos, blá blá blá... u got the idea!
O sacana do Volvo não parou no semáforo logo ali, que estava verde, mas lá teve de parar no seguinte que ficou vermelho, onde eu cheguei passado um minutinho. Abordei o condutor que tinha o vidro aberto.
"- Olá! Tudo bem?" - disse-lhe alto e com bom tom.
Era um puto betoso ai com uns 20 anitos (ou pouco mais) com um sorriso "pepsodent" e com 3 jovens esbeltas mais ou menos da mesma idade dentro do carro. Elas ficaram logo em sentido ao ver-me, barbudo, camisola da bola, óculos escuros e de bicicleta só podia era ser um pedinte ou algo pior.
"- Oláá!?" - respondeu o rapaz assim a medo.
"- Olha, tens de ter mais cuidado... ali atrás fizeste-me uma razia. É perigoso."
Ficou a olhar para mim, meio desconfiado.
"- Fiz o quê?"
"- Uma razia..."
"- Uma racía? O que é isso?"
"- Uma razia, não sabes o que é? Fizeste-me uma tangente!"
"- Fiz uma quê?"
"- Jovem... não sabes o que significa uma tangente?"
Entretanto ficou verde e eu simplesmente desisti de explicar.
Genuinamente o moço não estava a perceber... não era gozação, era mesmo imbecilidade!
Como é que esta gente tem carta de condução?
Ah e tal tem de haver mais informação e o camandro, certo certo.
Com a mentalidade e cultura do tuga médio isto vai ser muito difícil...
Então quantos condutores de veículos motorizados foram multados pela regra do 1,5 metros no mínimo de distância aos ciclistas? Tantos? Ah, pelos vistos foi apenas UM (dizem).
E já agora... volto a pedir-vos, ó sff... É só enviar um SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26.
(Até dia 15 de novembro de 2015, depois já não vale a pena.)
https://www.facebook.com/ruaandradecorvo
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Ora com uma via toda livre ao lado aquele roçar foi totalmente desnecessário, e mais a mais o veículo continuou passando o semáforo sempre no meio da rua, ocupando metade de cada via.
"Que imbecil fdp* dum c@br@o" - pensei.
* fanático dos popós
Nesse dia porém tinha lido algures na net (facebook, forum da MUBi, blog de alguém) que deviamos dar o exemplo se queremos que os outros também nos respeitem. Que devemos ser cordiais e explicar às pessoas - automobilistas, motociclistas ou peões - que os utilizadores de bicicleta também tem o seu espaço, os seus deveres e direitos, blá blá blá... u got the idea!
O sacana do Volvo não parou no semáforo logo ali, que estava verde, mas lá teve de parar no seguinte que ficou vermelho, onde eu cheguei passado um minutinho. Abordei o condutor que tinha o vidro aberto.
"- Olá! Tudo bem?" - disse-lhe alto e com bom tom.
Era um puto betoso ai com uns 20 anitos (ou pouco mais) com um sorriso "pepsodent" e com 3 jovens esbeltas mais ou menos da mesma idade dentro do carro. Elas ficaram logo em sentido ao ver-me, barbudo, camisola da bola, óculos escuros e de bicicleta só podia era ser um pedinte ou algo pior.
"- Oláá!?" - respondeu o rapaz assim a medo.
"- Olha, tens de ter mais cuidado... ali atrás fizeste-me uma razia. É perigoso."
Ficou a olhar para mim, meio desconfiado.
"- Fiz o quê?"
"- Uma razia..."
"- Uma racía? O que é isso?"
"- Uma razia, não sabes o que é? Fizeste-me uma tangente!"
"- Fiz uma quê?"
"- Jovem... não sabes o que significa uma tangente?"
Entretanto ficou verde e eu simplesmente desisti de explicar.
Genuinamente o moço não estava a perceber... não era gozação, era mesmo imbecilidade!
Como é que esta gente tem carta de condução?
Ah e tal tem de haver mais informação e o camandro, certo certo.
Com a mentalidade e cultura do tuga médio isto vai ser muito difícil...
Então quantos condutores de veículos motorizados foram multados pela regra do 1,5 metros no mínimo de distância aos ciclistas? Tantos? Ah, pelos vistos foi apenas UM (dizem).
E já agora... volto a pedir-vos, ó sff... É só enviar um SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26.
(Até dia 15 de novembro de 2015, depois já não vale a pena.)
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Qual trânsito?
Saturday, October 24, 2015
Há tempos um grande amigo emprestou-me a sua bina dobrável electrica para testar, adooorei e hei de escrever sobre isso. Mas o que quero reter desta foto é que mais uma vez milhares de pessoas escolhem a mobilidade errada, mas cada um lá sabe.
E neste outro dia que rolei na Felicidade também o mesmo caos no trânsito. De bicicleta demorei o mesmo tempo de sempre.
Sabe tão bem, faz tão bem...
E já agora... volto a pedir-vos, ó sff... É só enviar um SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26.
(Até dia 15 de novembro de 2015, depois já não vale a pena. Mais info em baixo.)
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E neste outro dia que rolei na Felicidade também o mesmo caos no trânsito. De bicicleta demorei o mesmo tempo de sempre.
Sabe tão bem, faz tão bem...
(Até dia 15 de novembro de 2015, depois já não vale a pena. Mais info em baixo.)
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Escolher o pôr-do-sol
Monday, October 12, 2015
A vida é feita de escolhas. *
(A vida é feita de escolhas. * acho que isto deveria ser um slogan/campanha de promoção da adoção de meios de transportes ativos... e não é original meu mas copiado aí de alguém nas redes sociais, não lembro o nome do senhor.)
E já agora... volto a pedir-vos, ó sff... É só enviar um SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26.
(Até dia 15 de novembro de 2015, depois já não vale a pena. Mais info em baixo.)
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(foto do meu amigo/vizinho/commuter PM)
I'm a poor lonesome cowboy
I've a long long way from home
And this poor lonesome cowboy
Has got a long long way to home
Over mountains and over prairies
From dawn 'til day is done
My horse and me keep riding
Into this settin' sun...
(A vida é feita de escolhas. * acho que isto deveria ser um slogan/campanha de promoção da adoção de meios de transportes ativos... e não é original meu mas copiado aí de alguém nas redes sociais, não lembro o nome do senhor.)
E já agora... volto a pedir-vos, ó sff... É só enviar um SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26.
(Até dia 15 de novembro de 2015, depois já não vale a pena. Mais info em baixo.)
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OP Lx 2015 pela mobilidade suave
Monday, October 5, 2015
Abriu a caça ao voto para as propostas/projetos no Orçamento Participativo de Lisboa 2015.
Estes são os dois que eu recomendo:
"Mais Mobilidade na Rua Andrade Corvo"
http://www.lisboaparticipa.pt/projeto/op15/026
"Ligação ciclável entre o Parque de Campismo Municipal de Lisboa e a Rotunda de Pina Manique"
http://www.lisboaparticipa.pt/projeto/op15/089
É só enviar um simples SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26 e outro SMS com o texto 89.
Estes são os dois que eu recomendo:
"Mais Mobilidade na Rua Andrade Corvo"
http://www.lisboaparticipa.pt/projeto/op15/026
"Ligação ciclável entre o Parque de Campismo Municipal de Lisboa e a Rotunda de Pina Manique"
http://www.lisboaparticipa.pt/projeto/op15/089
É só enviar um simples SMS GRÁTIS para o n.º 4310 com o texto 26 e outro SMS com o texto 89.
Desperdício de suportes de bicicletas e Funcionários #9
Sunday, September 20, 2015
(Na onda da sátira "Funcionários" do livro "Quotidiano Delirante" do artista Miguelanxo Prado seguem mais umas estórias de pura ficção... estas minhas estórias são mesmo ficção, qualquer semelhança com a realidade serão pura coincidência).
«
- Bom-dia! Olhe sr. Engenheiro... - diz o rapaz de um fôlego.
- Éeeelá, calma rapaz, o dia ainda agora começou, nem tomei o meu terceiro cafézinho... calma... volto já.
Uns 35 minutos depois...
- Sr. Engenheiro, este fim de semana fui ali fazer uma voltinha com a família a Monsanto, e encontrei um parque infantil ali nas imediações dos Pupilos do Exército, sabe onde é?
- Então não sei! Tivemos que mandar alcatroar uma estrada e um estacionamento até esse parque senão os carros não chegavam lá. Quem se lembra de fazer um parque infantil no meio da mata?! Aprende rapaz, nem todos tem a mesma visão, como eu...
- Pois, não sei bem o que lhe dizer sobre isso... mas o que queria referir-lhe é que o dito parque infantil está deplorável, os equipamentos todos partidos, enfim...
- São uns vândalos. E então?
- E então que é um equipamento que poderia ser útil à sociedade mas não.
- É o que é!
- E saiba que depois dei uma volta de bicicleta e descobri mais uns suportes de bicicleta que servem para nada! Para nada sr. Engeheiro.
- Ah, não digas isso rapaz. Já sei do que falas... são uns que ficam ali a uns 50 metros de um parque de merendas não é?
- Esses mesmos!
- Então? As pessoas que andarem a passear de bicicleta podem sempre prender as ditas a estes suportes e depois se quiserem podem ir para o parque de merendas ou para o parque infantil...
- Ó senhor engenheiro... mas isso faz algum sentido? Se alguém levar farnel para ir fazer um piquenique a Monsanto acha mesmo que vai deixar a bicicleta a 50 metros? Ao invês de as deixar ali à mão encostada? O parque infantil fica a uns 300 metros e sem visão dos suportes de bicicleta, ou seja estas ficam à mercê do alheio... já o tal estacionamento automóvel é mesmo ao lado do parque infantil. Acha bem?
- Acho muito bem!
- Olhe... eu acho dinheiro mal gasto. Quer o alcatroar pela mata a dentro para se fazer um estacionamento automóvel, quer colocar suportes de bicicleta em nenhures, quer o parque infantil que até podia ser usado e está num estado deplorável...
- Lá tás tu a preocupares-te com o dinheiro. O dinheiro é dos contribuintes... ele pinga sempre! Não te preocupes com isso...
- Pois - desistiu o rapaz com tanta imbecilidade.
»
O parque infantil existe e está num estado lastimável:
https://www.google.pt/maps/@38.7437775,-9.1869391,250m/data=!3m1!1e3
Os suportes para as bicicletas, ao abandono no meio de Monsanto também lá estão, firmes e hirtos!
Podiam estar numa escola, hospital, museu, mercado... mas estão abaaaaanddoooooonadoooos no meio do nada!
«
- Bom-dia! Olhe sr. Engenheiro... - diz o rapaz de um fôlego.
- Éeeelá, calma rapaz, o dia ainda agora começou, nem tomei o meu terceiro cafézinho... calma... volto já.
Uns 35 minutos depois...
- Sr. Engenheiro, este fim de semana fui ali fazer uma voltinha com a família a Monsanto, e encontrei um parque infantil ali nas imediações dos Pupilos do Exército, sabe onde é?
- Então não sei! Tivemos que mandar alcatroar uma estrada e um estacionamento até esse parque senão os carros não chegavam lá. Quem se lembra de fazer um parque infantil no meio da mata?! Aprende rapaz, nem todos tem a mesma visão, como eu...
- Pois, não sei bem o que lhe dizer sobre isso... mas o que queria referir-lhe é que o dito parque infantil está deplorável, os equipamentos todos partidos, enfim...
- São uns vândalos. E então?
- E então que é um equipamento que poderia ser útil à sociedade mas não.
- É o que é!
- E saiba que depois dei uma volta de bicicleta e descobri mais uns suportes de bicicleta que servem para nada! Para nada sr. Engeheiro.
- Ah, não digas isso rapaz. Já sei do que falas... são uns que ficam ali a uns 50 metros de um parque de merendas não é?
- Esses mesmos!
- Então? As pessoas que andarem a passear de bicicleta podem sempre prender as ditas a estes suportes e depois se quiserem podem ir para o parque de merendas ou para o parque infantil...
- Ó senhor engenheiro... mas isso faz algum sentido? Se alguém levar farnel para ir fazer um piquenique a Monsanto acha mesmo que vai deixar a bicicleta a 50 metros? Ao invês de as deixar ali à mão encostada? O parque infantil fica a uns 300 metros e sem visão dos suportes de bicicleta, ou seja estas ficam à mercê do alheio... já o tal estacionamento automóvel é mesmo ao lado do parque infantil. Acha bem?
- Acho muito bem!
- Olhe... eu acho dinheiro mal gasto. Quer o alcatroar pela mata a dentro para se fazer um estacionamento automóvel, quer colocar suportes de bicicleta em nenhures, quer o parque infantil que até podia ser usado e está num estado deplorável...
- Lá tás tu a preocupares-te com o dinheiro. O dinheiro é dos contribuintes... ele pinga sempre! Não te preocupes com isso...
- Pois - desistiu o rapaz com tanta imbecilidade.
»
O parque infantil existe e está num estado lastimável:
https://www.google.pt/maps/@38.7437775,-9.1869391,250m/data=!3m1!1e3
Os suportes para as bicicletas, ao abandono no meio de Monsanto também lá estão, firmes e hirtos!
Podiam estar numa escola, hospital, museu, mercado... mas estão abaaaaanddoooooonadoooos no meio do nada!
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Pista de BMX e Funcionários #8
Sunday, September 13, 2015
(Na onda da sátira "Funcionários" do livro "Quotidiano Delirante" do artista Miguelanxo Prado seguem mais umas estórias de pura ficção...)
"
- Sr. Engenheiro, vamos ter a inauguração da pista de BMX. Já era sem tempo. Um excelente equipamento.
- Sem dúvida, mais uma obra aqui para o palmarés do menino! Lá está, eu percebo muito disto de mobilidades e bicicletas...
O rapaz ficou com um ar desconfiado com a soberba recorrente do engenheiro.
- Pena foi termos perdido a oportunidade de em redor da pista de BMX termos melhorado as condições para os peões e demais utilizadores de meios ativos como a deslocação em bicicleta.
- Qual quê? Aquilo está ali uma grande obra! Fizemos lá uns, uns remendinhos nos passeios... para os peões... e além disso fizémos um excelente parque de estacionamento automóvel. Com cobertura e tudo! Grande nível!
- Pois... mas uma ciclovia que ligasse a Ciclovia da Cidade de Lisboa ali até ao Estádio de Pina Manique e que continuasse até ao Parque de Campismo na conhecida antiga Estrada da Circunvalação de Lisboa se calhar fazia mais falta que esse estacionamento automóvel, com cobertura.
- Mau... lá tás tu! Mas não percebes que a malta para vir à pista de BMX tem de vir de carro? E onde estacionavam?
- Pois, sem uma ciclovia realmente a miudagem arriscaria muito naquela estrada que é um perigo e...
- Tás a ver? Tás a dar-me razão rapaz! Vá...
- Mas não acha que podiamos ter ido mais além?
- Como assim?
- Fazer uns passeios de jeito que aquilo está uma vergonha! Fazer uma ciclovia! Iluminação! Até uns suportes para bicicletas para quem vá assistir e não vá de carro...
- Já sabia que me ias dizer isso rapaz! Então não fizémos há uns tempos uns excelentes suportes para bicicleta lá no bairro? Um pouco mais acima?
- Aqueles que ficam quase a 500metros da pista? Ao passo que o estacionamento automóvel é mesmo ao lado? Acha que isso faz sentido sr. Engenheiro?
O engenheiro respirou fundo e rematou...
- Mas é claro que faz sentido. Quem anda de bicicleta não se importa de fazer exercício físico, se já veio de bicicleta o que são mais 500 metros? Já eu que vou de carro, que não quero fazer exercício, tenho de ter lugar mesmo "à porta". Percebes?
- Ah!! - rematou o rapaz que achou que já nem valia a pena continuar a conversa.
"
Agora sem ser ficção, os suportes existem há muitos anos e servem para... NADA!!
Dinheiro deitado à rua, literalmente.
Quando estava a tirar as fotos, daquelas aquelas senhoras que passam diz uma para a outra:
"
- Tá a tirar fotos aquilo porquê? O que é aquilo?
- Atão... acho que é para as bicicletes!
- Ai é? Olha que não sabia...
"
Já abriu a dita pista BMX e é um excelente equipamento!
Tiro o chapéu a quem lutou e conseguiu que esta obra se fizesse...
http://www.publico.pt/local/noticia/lisboa-ganha-primeira-pista-de-bmx-1707578
http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/nova-pista-bmx-no-bairro-da-boavista
http://ocorvo.pt/2015/09/11/primeira-pista-de-bmx-de-lisboa-abre-ao-publico-no-bairro-da-boavista-em-benfica/
...no entanto como reafirmei em outros fóruns, acho que se perdeu uma oportunidade de melhorar muito uma zona que carece que intervenção urgente no que concerne ao dia-a-dia e não apenas a equipamento de desporto.
É de terceiro mundo ver o Parque de Campismo da capital obrigar os turistas a andarem em carreiros no meio do mato ou na berma da estrada para se deslocarem!
Mas depois podem sempre ver e pensar "Wooow, what a nice BMX track!!"
"
- Sr. Engenheiro, vamos ter a inauguração da pista de BMX. Já era sem tempo. Um excelente equipamento.
- Sem dúvida, mais uma obra aqui para o palmarés do menino! Lá está, eu percebo muito disto de mobilidades e bicicletas...
O rapaz ficou com um ar desconfiado com a soberba recorrente do engenheiro.
- Pena foi termos perdido a oportunidade de em redor da pista de BMX termos melhorado as condições para os peões e demais utilizadores de meios ativos como a deslocação em bicicleta.
- Qual quê? Aquilo está ali uma grande obra! Fizemos lá uns, uns remendinhos nos passeios... para os peões... e além disso fizémos um excelente parque de estacionamento automóvel. Com cobertura e tudo! Grande nível!
- Pois... mas uma ciclovia que ligasse a Ciclovia da Cidade de Lisboa ali até ao Estádio de Pina Manique e que continuasse até ao Parque de Campismo na conhecida antiga Estrada da Circunvalação de Lisboa se calhar fazia mais falta que esse estacionamento automóvel, com cobertura.
- Mau... lá tás tu! Mas não percebes que a malta para vir à pista de BMX tem de vir de carro? E onde estacionavam?
- Pois, sem uma ciclovia realmente a miudagem arriscaria muito naquela estrada que é um perigo e...
- Tás a ver? Tás a dar-me razão rapaz! Vá...
- Mas não acha que podiamos ter ido mais além?
- Como assim?
- Fazer uns passeios de jeito que aquilo está uma vergonha! Fazer uma ciclovia! Iluminação! Até uns suportes para bicicletas para quem vá assistir e não vá de carro...
- Já sabia que me ias dizer isso rapaz! Então não fizémos há uns tempos uns excelentes suportes para bicicleta lá no bairro? Um pouco mais acima?
O engenheiro respirou fundo e rematou...
- Mas é claro que faz sentido. Quem anda de bicicleta não se importa de fazer exercício físico, se já veio de bicicleta o que são mais 500 metros? Já eu que vou de carro, que não quero fazer exercício, tenho de ter lugar mesmo "à porta". Percebes?
- Ah!! - rematou o rapaz que achou que já nem valia a pena continuar a conversa.
"
Agora sem ser ficção, os suportes existem há muitos anos e servem para... NADA!!
Dinheiro deitado à rua, literalmente.
Quando estava a tirar as fotos, daquelas aquelas senhoras que passam diz uma para a outra:
"
- Tá a tirar fotos aquilo porquê? O que é aquilo?
- Atão... acho que é para as bicicletes!
- Ai é? Olha que não sabia...
"
Já abriu a dita pista BMX e é um excelente equipamento!
Tiro o chapéu a quem lutou e conseguiu que esta obra se fizesse...
http://www.publico.pt/local/noticia/lisboa-ganha-primeira-pista-de-bmx-1707578
http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/nova-pista-bmx-no-bairro-da-boavista
http://ocorvo.pt/2015/09/11/primeira-pista-de-bmx-de-lisboa-abre-ao-publico-no-bairro-da-boavista-em-benfica/
...no entanto como reafirmei em outros fóruns, acho que se perdeu uma oportunidade de melhorar muito uma zona que carece que intervenção urgente no que concerne ao dia-a-dia e não apenas a equipamento de desporto.
É de terceiro mundo ver o Parque de Campismo da capital obrigar os turistas a andarem em carreiros no meio do mato ou na berma da estrada para se deslocarem!
Mas depois podem sempre ver e pensar "Wooow, what a nice BMX track!!"
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Ilusão do conhecimento
Tuesday, August 18, 2015
Estava a fazer um zapping este domingo, dia 16 de agosto, e apanhei o programa "Quebra-cabeças" ("Brain games") na RTP2 que me captou o interesse.
O tema era "Ilusão do Conhecimento" e fez-me refletir e até rever no que aí estava a ser transmitido. Eu não sei tudo, mas às vezes até tenho a mania que sei... e como eu muita gente, né? :)
Mas mais do que a mim, fez-me rever os incompetentes que são responsáveis por fazer as borradas no que respeita a ciclovias e demais infraestruturas de mobilidade nalguns e determinados centros urbanos.
«
Deparamo-nos constantemente com problemas que não sabemos resolver, e se fossemos honestos connosco próprios, admitíamo-lo.
Os psicólogos têm um termo para isto: "Ilusão do conhecimento"
(...)
Embora o mais provável seja não saberem como funcionam a maioria das coisas, o vosso cérebro acha que sim. O vosso cérebro prefere fingir saber algo do que admitir que não sabe, por forma a manter a ilusão de que sabe tudo sobre o mundo.
(...)
Sob muitos aspectos a ilusão do conhecimento é necessária para vos impedir de terem de enfrentar a vossa própria INCOMPETÊNCIA.
»
Desde há meses que a Rua Marquês de Fronteira em Lisboa está em obras profundas (mais uma vez) e eu sempre esperei que dali surtissem melhorias para a mobilidade suave na cidade, mais a mais que já existem uns troços de ciclovia naquelas artérias circundantes.
Essas ciclovias já existentes tem falhas técnicas mas também temos de admitir que tiveram o condão de potenciar o uso de bicicletas na cidade, só que o facto de terem sido mal desenhadas/implementadas deveria ter servido de lição e fazer melhor de futuro.
Mas não!
Construiu-se novos trechos de ciclovia em cima de passeio, reduzindo o espaço dos peões quando deveria era ser reduzido o espaço do transito motorizado. É essa a tendência nas capitais do mundo civilizado e não a criação de "autoestradas" no meio das cidades.
Criam-se ciclovias à cota do passeio e intervalado com passadeiras e, pasma-se, paragens de autocarros, criando assim conflitos entre ciclistas e peões.
Novos sentidos de trânsito e traços contínuos o que impossibilitam o legal uso e cruzamento nas ruas, fazendo (como já acontece) que bicicletas, motas e carros façam infrações.
Enfim... um vasto número de aberrações!
A MUBi até fez uma carta ao xôr presidente da CML:
http://mubi.pt/2015/07/24/rua-marques-da-fronteira-assim-nao-camara-municipal-de-lisboa/
E não, não me perguntem como é que eu faria... é que eu não sou um "especialista" pago para trabalhar no assunto! Sou um mero utilizador que sabe pela experiência do dia-a-dia que aquilo que foi feito é uma borrada e é dinheiro mal gasto (o nosso dinheiro!).
Tal como o devaneio na Ribeira da Naus onde meteram uma ponte de madeira que agora ao fim de um ano e pouco vai ser substituída. Se está melhor agora do que estava há uns anos? Que sim! Está! Mas podia e devia estar beeeem melhor! É um martírio para toda a gente passar ali... mas está muito melhor! Mas loonge do que deveria estar.
http://www.publico.pt/local/noticia/passadico-de-madeira-da-ribeira-das-naus-em-lisboa-so-durou-um-ano-1704916
Mas é um sentimento muito nosso né? Ficarmos satisfeitos com pouco... sermos pouco exigentes... enfim...
E a Rua Marquês de Fronteira? Vai ficar melhor do que aquilo que foi? Talvez.
Mas podia estar bem melhor do que aquilo que vai ficar! Mais um tiro no pé! Mais uma incompetência!
Não seria bom esses responsáveis pelo menos questionarem os reais utentes destas artérias e depois agir em conformidade com as necessidades reais?
Mas há praí uns iluminados que tem a "ilusão do conhecimento".
A esses a resposta a seu tempo.
O tema era "Ilusão do Conhecimento" e fez-me refletir e até rever no que aí estava a ser transmitido. Eu não sei tudo, mas às vezes até tenho a mania que sei... e como eu muita gente, né? :)
Mas mais do que a mim, fez-me rever os incompetentes que são responsáveis por fazer as borradas no que respeita a ciclovias e demais infraestruturas de mobilidade nalguns e determinados centros urbanos.
«
Deparamo-nos constantemente com problemas que não sabemos resolver, e se fossemos honestos connosco próprios, admitíamo-lo.
Os psicólogos têm um termo para isto: "Ilusão do conhecimento"
(...)
Embora o mais provável seja não saberem como funcionam a maioria das coisas, o vosso cérebro acha que sim. O vosso cérebro prefere fingir saber algo do que admitir que não sabe, por forma a manter a ilusão de que sabe tudo sobre o mundo.
(...)
Sob muitos aspectos a ilusão do conhecimento é necessária para vos impedir de terem de enfrentar a vossa própria INCOMPETÊNCIA.
»
VIDEO AQUI;
(video gravado com o telelé, peço desculpa à RTP2 e à National Geographic, o youtube cortou o acesso por copyrights)
Desde há meses que a Rua Marquês de Fronteira em Lisboa está em obras profundas (mais uma vez) e eu sempre esperei que dali surtissem melhorias para a mobilidade suave na cidade, mais a mais que já existem uns troços de ciclovia naquelas artérias circundantes.
Essas ciclovias já existentes tem falhas técnicas mas também temos de admitir que tiveram o condão de potenciar o uso de bicicletas na cidade, só que o facto de terem sido mal desenhadas/implementadas deveria ter servido de lição e fazer melhor de futuro.
Mas não!
Ciclovias em cima do passeio, algo a repetir de tão bom que é... NOT!
Construiu-se novos trechos de ciclovia em cima de passeio, reduzindo o espaço dos peões quando deveria era ser reduzido o espaço do transito motorizado. É essa a tendência nas capitais do mundo civilizado e não a criação de "autoestradas" no meio das cidades.
Criam-se ciclovias à cota do passeio e intervalado com passadeiras e, pasma-se, paragens de autocarros, criando assim conflitos entre ciclistas e peões.
Novos sentidos de trânsito e traços contínuos o que impossibilitam o legal uso e cruzamento nas ruas, fazendo (como já acontece) que bicicletas, motas e carros façam infrações.
Enfim... um vasto número de aberrações!
A obra ainda não está acabada, é verdade, mas já se vê as bicicletas a fazerem gincanas no meio dos peões. E os peões em cima da ciclovia, lisinha.
E nada melhor para a mobilidade urbana que reduzir possibilidades de fluxo de trânsito com montes de sentidos obrigatórios e traços contínuos.
A obra não está acabada, quiça ainda estão a meter mais pilaretes, mas entretanto é isto! (Foto: Luis Miguel)
A MUBi até fez uma carta ao xôr presidente da CML:
http://mubi.pt/2015/07/24/rua-marques-da-fronteira-assim-nao-camara-municipal-de-lisboa/
E não, não me perguntem como é que eu faria... é que eu não sou um "especialista" pago para trabalhar no assunto! Sou um mero utilizador que sabe pela experiência do dia-a-dia que aquilo que foi feito é uma borrada e é dinheiro mal gasto (o nosso dinheiro!).
Tal como o devaneio na Ribeira da Naus onde meteram uma ponte de madeira que agora ao fim de um ano e pouco vai ser substituída. Se está melhor agora do que estava há uns anos? Que sim! Está! Mas podia e devia estar beeeem melhor! É um martírio para toda a gente passar ali... mas está muito melhor! Mas loonge do que deveria estar.
http://www.publico.pt/local/noticia/passadico-de-madeira-da-ribeira-das-naus-em-lisboa-so-durou-um-ano-1704916
(foto jornal Público)
Mas é um sentimento muito nosso né? Ficarmos satisfeitos com pouco... sermos pouco exigentes... enfim...
E a Rua Marquês de Fronteira? Vai ficar melhor do que aquilo que foi? Talvez.
Mas podia estar bem melhor do que aquilo que vai ficar! Mais um tiro no pé! Mais uma incompetência!
Não seria bom esses responsáveis pelo menos questionarem os reais utentes destas artérias e depois agir em conformidade com as necessidades reais?
Mas há praí uns iluminados que tem a "ilusão do conhecimento".
A esses a resposta a seu tempo.
Bicicleta e a indumentária
Sunday, August 16, 2015
Há dias ia a rolar para o trabalho com um outro commuter e vinha-me a gabar imenso que tinha comprado a Felicidade por ela ser "fully equiped", daí o nome "Coluer SEVENTY 700C EQ".
Cubo com dínamo, luzes, paralamas, suporte bagagem traseiro e... proteção do eixo e corrente para não sujar a roupinha.
Não é que no próprio dia a proteção do eixo e corrente (aquilo é um simples plástico) partiu? Coincidências!
Ora nesse dia não me apercebi e eis que me sujei todo nas calças que ainda por cima eram clarinhas :( Duuuh!
Como remédio lá tive de fazer o truque mais simples...
Claro que nos dias seguintes já me lembrei de trazer este pequeno apetrecho que costumo usar no inverno à noite (é uma fita que se enrola no tornozelo, vende-se em vários sítios, e é refletor):
E assim já não fico com a roupa suja de óleo da corrente! Nice...
Mas este post para quê?
Apenas para reforçar que para andar de bicicleta, no dia a dia, não é preciso roupa especial "de corrida". Cada um terá as suas rotinas e os seus percursos... E deve adaptar-se em termos de roupa a essas rotinas.
Eu no meu commute casa-trabalho (11kms) no verão vou de calções e tshirt e depois tenho uma muda de roupa que troco no trabalho. Mas se depois à hora de almoço vou a algum lado (3 ou 4kms) levo a roupa do dia, não vou trocar de indumentária só porque vou de bicicleta almoçar a algum lado.
E mesmo com a roupa normal às vezes é preciso algum cuidado, como arregaçar a calça ou usar uma destas fitas, mas isso também não é obrigatório... é só para não ficar sujo.
Cubo com dínamo, luzes, paralamas, suporte bagagem traseiro e... proteção do eixo e corrente para não sujar a roupinha.
Não é que no próprio dia a proteção do eixo e corrente (aquilo é um simples plástico) partiu? Coincidências!
Ora nesse dia não me apercebi e eis que me sujei todo nas calças que ainda por cima eram clarinhas :( Duuuh!
Como remédio lá tive de fazer o truque mais simples...
Claro que nos dias seguintes já me lembrei de trazer este pequeno apetrecho que costumo usar no inverno à noite (é uma fita que se enrola no tornozelo, vende-se em vários sítios, e é refletor):
E assim já não fico com a roupa suja de óleo da corrente! Nice...
Mas este post para quê?
Apenas para reforçar que para andar de bicicleta, no dia a dia, não é preciso roupa especial "de corrida". Cada um terá as suas rotinas e os seus percursos... E deve adaptar-se em termos de roupa a essas rotinas.
Eu no meu commute casa-trabalho (11kms) no verão vou de calções e tshirt e depois tenho uma muda de roupa que troco no trabalho. Mas se depois à hora de almoço vou a algum lado (3 ou 4kms) levo a roupa do dia, não vou trocar de indumentária só porque vou de bicicleta almoçar a algum lado.
E mesmo com a roupa normal às vezes é preciso algum cuidado, como arregaçar a calça ou usar uma destas fitas, mas isso também não é obrigatório... é só para não ficar sujo.
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