Fiz um video e-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r!!
Mas infelizmente tirei a máquina do suporte para fazer uma filmagem geral de um ponto alto e caiu ao chão e corrompeu o ficheiro :(
Isto foi o melhor que consegui com as minhas parcas capacidades com um sw free de recuperação de ficheiros mp4.
Fecharam ali um raio de 500 metros da Praça do Saldanha, e estava cheia de banquinhas de comida, bebida, tinha palcos com animação, zumba e essas cenas, tinha mesas de malta a jogar xadrez, tinha espaços para a criançada brincar e saltar, tinha famílias inteiras a passear, malta de skate, de patins de trotinetes, carrinhos de bebés, cadeiras de rodas, malta em muletas ou bengala, velhos e novos, grandes e pequenos, homens e mulheres, licrados com capacete e malta vestida casualmente em cima de uma bicicleta, uma babilónia!
Sobre as obras que agora, quase findam, eu tenho para mim que teve e tem algumas graves falhas de desenho e de implementação.
A vontade de fazer melhor pela mobilidade podia ter ido um pouco mais longe, mas como existe sempre uma grande dificuldade em mexer nas artérias com medo da opinião petrol-head ficou-se por esta corajosa mas tímida evolução. No caminho certo, mas ainda longe...
A ciclovia unidirecional à cota do passeio na Av. Fontes Pereira de Melo é um convite para ser invadida por peões, mais a mais que nalguns sítios ladeiam com a bonita mas pouco prática calçada de pedrinhas brancas.
E aqueles dois centimetros que separam a ciclovia do passeio são insuficientes para que os peões entendam que é outra via, mas perigoso para quem bate lá com a roda possa ter um desequilíbrio - hoje ia caindo, bolas!!
O percurso na praça do Saldanha, e a anterior na rotunda do Marquês, é de quem anda a passear de bicicleta e não para a mobilidade pois dá umas voltas sem sentido e tem intersecções desnecessárias. Quem usa a bicicleta para se deslocar vai continuar a andar na estrada, e isso vai criar inanimosidade pelos condutores automóveis que vão querer empurrar os "ciclistas" para as vias reservadas.
As intersecções e cruzamentos são perigosos, em Sevilha por exemplo não é a ciclovia que baixa à cota da estrada de trânsito rodoviário mas o contrário, obrigando assim os veículos motorizados a terem cautelas no atravessamento... aqui não se quis incomodar os condutores com essa precaução pelo que tem de haver sempre muito cuidado de quem rola para não ser apanhado por um veículo a fazer um "gancho de viragem".
Mas nem tudo é mau. Obviamente que apesar de algumas falhas e detalhes a corrigir/melhorar já se notava um aumento bastante grande de pessoas a circular de bicicleta. A semana passada, na terça, fui de bicicleta trabalhar em Lisboa e mesmo neste rigososo tempo invernal vi mais bicicletas a rolar que algum dia tinha visto. As infraestruturas trazem mais e mais pessoas... o caminho faz-se caminhando.
Quiça um dia haja coragem para tornar a Av. Fontes Pereira de Melo algo como estas avenidas de Sevilha, Bilbao ou de Edimburgo... haja esperança!
Sevilha... grandes tomates para fechar esta avenida ao trânsito e torná-la numa zona pujante de vida e de comércio!
Edimburgo... grandes tomates para fechar esta avenida ao trânsito automóvel e deixar apenas os transportes públicos e torná-la numa zona pujante de vida e de comércio!
Bilbao... mais uma avenida cheia de vida e comércio, só com transportes públicos a serem permitidos.
No entanto há uns que continuam a achar que está tudo mal e o camandro... iluminados lá da Luz!
(nota: quais zonas de paragem é que existiam na Av. Fontes Pereira de Melo antes destas obras?! eram as passadeiras ou os passeios? - o video é do CDS Lisboa)
Sim... fechar as ruas a carros muitas vezes pode ser mesmo a melhor opção! Era bom é que fosse sempre e não apenas ao domingo! Haja esperança...
E não esquecer que este CDS parece apenas e só querer capitalizar votos... pois!
"CDS apoia buzinão contra obras em Lisboa"
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-05-10-CDS-apoia-buzinao-contra-obras-em-Lisboa
Esta foto foi tirada a 18 de janeiro de 2016... faz agora um ano!
Um novo túnel rodoviário por baixo do Saldanha??
Eu não sou político, mas não sou apolítico...
Percebo bem quais são as pessoas e os partidos que defendem as políticas que eu acredito.
E quais são as que estão contra e defendem filosofias obsoletas de cidades.