Em segurança!

Thursday, April 14, 2016

Andou há poucos dias a circular nas redes sociais um video de uma jovem com óculos escuros e filmado dentro do seu veículo em que discorria veneno sobre os ciclistas e utilizadores de bicicleta que abusavam e ocupavam a sua via impossibilitando a normal fluidez do trânsito.

Ora como uma bicicleta é um veículo de pleno direito subentende-se que a senhora se referiria ao trânsito motorizado, nomeadamente o seu uso particular do automóvel e não de um autocarro de transporte público cheio de gente.

Não consegui perceber se o vídeo era um sketch satírico ou era uma verdadeira afirmação das suas verdades e opiniões, mas seja como for parecia ser uma verdadeira amálaga de idiotices e parolices. Algumas delas que roçavam o incentivo à violência e atentado ao bem-estar físico dos ditos utilizadores de bicicletas no espaço público - essa corja de malfeitores.

Coisas como "só eu sei o que me aguento para não atropelar/matar nenhum" ou mesmo "deviam era ir todos para o Alasca e deixar passar quem quer ir trabalhar"! Enfim...

As redes sociais ficaram inflamadas!

Há neste tema vários problemas:

Um é a completa falta de respeito pelo próximo - "o meu umbigo e mai lindo que o teu logo eu é que tenho importância, nem que te mate!".

Outro é a própria falta de informação sobre os direitos e deveres que cada um deve ter na utilização partilhada da via pública - "as bicicletas não devem andar a passear na minha estrada, que é só minha!".

E outro ainda é a escravidão que somos quase todos obrigados a ter direta/indiretamente por diversos factores ao "Rei Carro", o que leva os menos audazes a não procurarem alternativas - porque o carro é um bem de primeira necessidade - "eu preciso de me deslocar no meu carro".

Para quem usa a Avenida da Marginal é normal que apanhe bicicletas, aquilo não é uma autoestrada! Se não quer apanhar bicicletas pode sempre usar a A5, essa autoestrada dedicada e exclusiva a veículos motorizados e onde "bicicleta não entra" - será que também fará um vídeo a dizer que os outros carros deviam ir todos para o Alasca??


Outra forma de evitar essa corja de malfeitores amigos do ambiente é ir de comboio! Claro que convêm que o Estado e as demais entidades responsáveis também apostem nesse meio de transporte e tudo façam para que seja este o meio primordial e não a "alternativa pobre".


E assim porque há muita gente mal informada ou simplesmente apedeuta é que é preciso ajudar a passar a mensagem.

Nova TSHIRT exclusiva para ensinar o que deveria ser o respeito na estrada.

Só custa 9€ + portes e ajuda a causa!  Cerca de 2€ revertem para a MUBi para continuar a lutar pelos direitos dos utilizadores vulneráveis, porque ao contrário de outras associações e clubes não há um lobby a apoiar e a suportar financeiramente o trabalho voluntário de todos os que dispensam o seu tempo para fazer um mundo melhor.

É só ir aqui a este link:
https://www.teezily.com/mubicampaign

E fazer todo o processo de compra online. Compre para uma amiga, namorado, prenda de anos de um colega, de dia da mãe, mas faça um pequeno esforço para ajudar a passar a mensagem!

Se não tiver Cartão de Crédito ou PayPal pode sempre gerar um cartão de crédito temporário e com limite de valor via MBNet numa qualquer caixa Multibanco! Não há desculpas!



A campanha acaba dia 29 de Abril de 2016.

Que coisa mais linda...

Friday, April 8, 2016

"Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar..."

Garota de Ipanema / Caetano Veloso










A Romana não é uma bicicleta! A Romana é uma gazela a pedais!

Nem sabem o quando me arrependo... de não a ter comprado mais cedo.

A review será feita em breve quanto tiver mais kms de utilização, mas para já ficam as fotos da menina que não deixa ninguém indiferente quando passa a rolar qual Garota de Ipanema.

Passagens não é para «passar»?

Tuesday, April 5, 2016

Hoje tive de ir a Lisboa e fui na minha nova menina, a Romana! :) Very niiiceee!

Ao passar pela ciclovia que ladeia a Avenida Calouste Gulbenkian em Lisboa tive uma boa surpresa... Finalmente depois de terem alcatroada a estrada Rua Armando Cortez já há muito muito tempo lá repintaram a passadeira. A-LE-LU-IA!

Já tinha falado do tema aqui neste meu post do "The green bullet e certos pormenores nas ciclovias" por ser algo que é de uma grande incompetência das entidades competentes (gioco di parole) só pensarem na mobilidade motorizada (convêm reler para relembrar o tema).


Acreditem que não são pormenores, pois há tempos ia eu no sentido trabalho/casa quando vejo um casal de nórdicos (eram loiros!) a quedar-se no passeio e a olhar para um lado e para o outro, para cima e para baixo à procura de uma passagem correta... e só se atreveram a passar a estrada porque me viram a fazê-lo de bicicleta. "Uma vez em Roma, sê Romano" - presumo que terão pensado.
E naquele gancho é sempre complicado de atravessar quer de bicicleta quer a pé.



Mas depois do entusiasmo inicial, veio a minha natural estupefação.
"Tanta sinalização?!" mas o Vereador da Mobilidade não andava a limpar os obstáculos e estorvos que pululam pelos passeios?! (ora contem-os lá...)
Notícia do DN: "Lisboa retira obstáculos de seis ruas para ser mais fácil andar a pé"

E mais, se acabaram de pintar de fresco porque raio se há uma ciclovia de um lado e outro não pintaram na mesma uma passagem de velocípedes?

Diz assim o documento da ANSR sobre o último Código da Estrada:

"Promove-se ainda a mobilidade sustentável, reconhecendo-se os benefícios da mesma para a saúde e para o meio ambiente, introduzindo-se profundas alterações ao regime de circulação dos velocípedes. A título de mero exemplo,: (i) Os utilizadores de bicicletas passam a poder circular nas bermas, desde que não ponham em perigo ou perturbem os peões que nelas circulem; (ii) os condutores devem ceder a passagem aos velocípedes nas passagens assinaladas; (iii) os veículos motorizados quando efetuam uma ultrapassagem a um velocípede devem guardar deste uma distância lateral mínima de um metro e meio; e, por último, (iv) com alguns condicionalismos, os ciclistas podem circular a par."
in Código da Estrada

Cumássim? "Promove-se"?! Então mas neste caso "obrigam" (por decreto, mas ninguém cumpre estas imbecilidades) a desmontar da bicicleta, até tem um STOP novo para ajudar a forçar o ponto, pois a ciclovia "acaba" num passeio seguido de uma passagem de peões, que "obriga" a desmontar para atravessar, para depois ter mais um metro de passeio e ter 10 metros de ciclovia e depois umas chapas metálicas no chão onde indica passeio (em calçada portuguesa de pedrinhas soltas) a partilhar com peões num espaço reduzido?!

Mas como "promovem"? Mas comem cocó às colheres ou são mesmo burros? Isto promove o quê? Só se for a desobediência às regras pois fazem puto de sentido... Se nas passagens mais à frente na Praça de Espanha até fizeram bem com a passagem de peões e a de velocípedes ao lado porque é que aqui fizeram mal? Não tem esperto no cabeço?

Mais... fiquei recentemente sabedor via esta conversa da MUBi aqui no Fórum (este fórum é muito bom, e ao contrário das conversas dos facebooks e afins fica facilmente pesquisável para consulta e histórico) que se eu quiser, porque até tenho à vontade e traquejo, não posso usar a estrada mas sou obrigado a usar aquela ciclovia? É que nesta parte aquilo dificilmente se pode chamar uma ciclovia... eu quero ir trabalhar não ando a passear a ver as vistas... preciso de me deslocar com rapidez e em segurança, mesmo que seja a 20km/h.

Não é uma passadeira antiga, foi acabada de pintar, os sinais acabados de colocar... (recentemente entenda-se, não sei precisar quando foi feito pois desde Dezembro que não passava ali).
Mais, se é uma zona 30 (tá lá o sinal, mas muitos não cumprem) porque não fazer uma passadeira elevada e assim facilitar efetivamente a mobilidade sustentável e obrigando o trnasito motorizado a cumprir os 30km/h?

Como é que esta gente responsável acha que anda a promover a mobilidade sustentável?!

Coincidência das coincidências o meu amigo que me tirou as fotos no post do "The green bullet" e que na altura ia de taxi, hoje também me viu na mesma zona comentou o meu post matinal no facetas a questionar se hoje era dia de ir ou não de bicicleta por causa do tempo: "Foste de bike. Vi-te passar na Gulbenkian e a mandar vir com alguma coisa. (PS: o vermelho fica-te bem)."
Estava a mandar vir com um automobilista que depois de eu esperar no semáforo vermelho na passagem de velocípedes resolveu ficar parado em cima da mesma quando abriu o verde para mim como se eu é que tivesse de andar a fazer gincanas porque eu ando a "passear de bicicleta" e ele vai no seu carro pagador de impostos e seguro e com matrícula para o trabalho...

Calças para andar de bicicleta?

Sunday, April 3, 2016

Cada um deve vestir aquilo que quiser para o seu percurso de bicicleta, se for casa/trabalho ou trabalho/padaria ou escola/casa ou outro qualquer... não há vestuário próprio, e não é preciso nem ir todo casual nem todo licrado. O que importa é ir, com o que se sentir bem.

Eu costumo levar a roupa do trabalho da cintura para baixo, e da cintura para cima levo uma tshirt, ou camisola mais quente quando está frio ou impermeável quando está de chuva, e mudo para uma camisa/pólo no destino que transporto na "bagageira" da bicla ou previamente deixei no local de destino em dias anteriores.

Mas uma "maleita" que me tem assolado é que não ganho para calças!


Já rasguei umas 4 calças na zona que assenta no selim... calças boas, quer da Lion of Porches (2) ou da Mike Davis ou da Nautical Wear - tudo marcas made in PT mas com nomes estrangeiros para vender mais ou para parecer bem.

Quatro calças perfeitamente em bom estado rasgadas pelo roçar no selim e irremediáveis para uso no dia-a-dia, a não ser que volte a moda grunge em força (e que parece estar de volta mas já não tenho a idade para isso)!

Vai que decidi tratar de comprar uma especiais para commute de bicicleta e lembrei que há uns anos ouvi falar que a Levi's tinha uma linha especial para este fim.
Bem procurei mas parece que já não fazem essa linha de calças com o detalhe do reforço na zona onde assenta o rabo no selim, apesar de continuarem com a linha Levi's Commuter:
http://www.levi.com/PT/pt_PT/category/men/collections/levi-collections-commuter
Mas calças a 110€?! Vai lá vai...

Então continuei à procura e descobri a Rasto, do português Geraldo Cirineu.
http://www.rasto.pt/
https://www.facebook.com/rasto.pt/

Marca portuguesa e com nome em bom português que confeciona pelas mãos de um jovem estilista peças focadas para o uso do ciclista urbano.

Os preços não são muito convidativos com calças entre os 65€ e 70€ mas apanhei uma promoção e resolvi comprar dois pares por 45€ cada já com os portes de envio. Niceee!

Depois de uma troca de questões e respostas no facebook da Rasto com, presumo, o Geraldo, lá me decidi a fazer a compra e em 3 dias tinha as ditas.



Os detalhes que as mesmas tem e que foram a razão da compra:
  • Reforço na zona do selim.
  • Reflector rasto visível ao dobrar.
  • Cinta mais subida nas costas.
  • Bainhas ajustáveis.
Composição:
  • 75% Algodão
  • 23% Poliéster
  • 2% Elastano




Agora que voltei aos commutes, timidamente, já tive finalmente possibilidade de as experimentar, e fazem exatamente aquilo que se propõem como produto diferenciador.

São muito elásticas, no primeiro dia que as usei chuviscou e pareceu-me que não ensoparam, tem o pormenor da cinta ligeiramente subida para não fazer aquelas figuras que alguns fazem de insinuarem partes privadas, e o pormenor do velcro para "atar" a calça no tornozelo de um lado e o reflector no outro (mas acho que a parte do mecanismo do velcro poderia ser melhorado),


O reforço na zona do selim só com o tempo se verá se funciona ou não... espero que sim pois se assim for comprarei mais, sempre a fomentar a nossa economia.


Fica a dica!
 

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