Apesar de a nossa capital ser grande e ter muitas pessoas, amiúde vejo nos meus caminhos caras conhecidas e gente amiga... os que como eu rolam ou nos cruzamos e acenamos ou apenas um mero cumprimento, ou às vezes acompanhamos por algumas centenas de metros em amena cavaqueira.
Como agora atravesso a cidade quase de uma ponta à outra (cada viagem são cerca de 19kms e picos, ida e volta são quase 40kms/dia) vejo muitas vezes a rolar o LCarvalho, o EduardoS, o MiguelC, o MiguelB, o RLeiria e o JLeiria, o PedroG e a Maria, o ArturL, RuiA, o HugoM e o HerculanoR, o RuiR, o JoãoB, e ex colegas de trabalho como o PauloS, ManuelC e a VerónicaF e tantos tantos outros...
Há dias um desses mega licrados de bicicleta (como eu tb sou às vezes quando vou dar umas voltas na estradeira) começa a chamar-me quando vinha na ciclovia a caminho de casa, e eu não estava a ver quem era... os anos passam! Era um ex-colega de liceu que até está na minha rede do facebook e reconheceu a Gestrudes. Foi um bom reencontro!
Outra vez passei ali noutra ciclovia e passavam muitos peões e há um que grita "Woowww, tu, heeiii..." e não liguei pois pensava que não era para mim. Mas depois gritou o meu nome... Era um grande amigo da altura da faculdade!! Também reconheceu a Gestrudes! :)
Mas desde que tenho a Gestrudes, que é vistosa, muito mais gente amiga que anda de carro ou de transportes também me vê...
Um deles goza comigo "Hoje vi outra vez o autocarro azul a passar por mim!" ou então...
Mas dos mais hilariantes foi este audio que recebi e ouvi só quando cheguei a casa, num dia que o trânsito estava caótico e as filas de carros eram intermináveis e recordo ter ouvido uma buzinadela no sentido contrário ao meu, mas eu ia "depressa" (a 20 kms/h praí) e não vi que era.
Uma das desvantagens da Tern GSD, uma das poucas, é a falta de qualquer tipo de suspensão/amortecimento.
Apesar dos seus pneus largos que absorvem muito das vibrações, qualquer pequeno buraco ou desnível levam a um desconforto quer nos braços pela vibração do guiador quer do espigão do selim que propaga esses choques para a espinha dorsal.
Se fosse tudo ciclovia ou se fosse tudo alcatrão lisinho não tinha problemas, mas os nossos pisos não são assim tão confortáveis.
Podemos reduzir esse desconforto pelo nível de ar nos pneus, que vão desde os 2 aos 4,5 bars. Mas pneus mais vazios rolam mais lento em qualquer piso e mais cheios apesar de acelerar a viagem ficam mais duros e recebem mais das vibrações que se propagam pelo quadro e pelo ciclista.
Assim que andei a indagar e um dos meus parceiros destas aventuras do uso da bicicleta, o António P, já me tinha falado de uma solução que arranjou para a bicicleta dele.
Um espigão de selim com suspensão!
Que coisa moderna...
Com uma opinião tão positiva e depois de ver alguns videos e outras opiniões em blogs e site, resolvi comprar a ver se ajudava nestes meus quase 40 kms diários.
Montar é extremamente simples, bastou tirar o espigão original e substituir pelo novo, ajustar a inclinação e voilá! (só tive de pedir a chave dinamométrica ao meu vizinho Paulo que é um engenhocas e tem essas cenas todas... provavelmente não era preciso mas não queria estar a estragar)
Até vem com uma capinha para proteger, mas é mais para quem usa no BTT e cenas sem guarda-lamas.
Estou desconfiado que vai desgastar dado o contato com os suportes do selim, por estarem tão perto ao fazer o amortecimento parece-me que vai roçar bastante. Se fizerem zoom à imagem la´mais em cima verão que já está a desgastar :( A ver se ajusto ao máximo que possa para tentar não roçar tanto.
Para já a experiência tem sido muito positiva! Obviamente que as vibrações no guiador continuam a sentir-se mas na coluna há uma melhoria significativa.
Com o tempo darei uma opinião mais fundamentada, mas até ver parece-me um excelente upgrade! O primeiro que fiz na Gestrudes - exceptuando o descanso central que foi uma peça oferta da marca a substituir a de origem que admitiram não ser de boa qualidade, pelo feedback dos seus clientes e pelo uso do modelo que tem apenas dois anos e pouco no mercado.
Mas dizia... até ver foi uma excelente decisão e compra!
As minhas costas e o eu do futuro agradecem estes cuidados com a saúde :)
«The Tern GSD is our cargo e-bike of the year, and also our overall winner. We’ve tested the GSD in two builds over the last two years, and one abiding feeling remains: this is the most useful and practical bike you’re ever likely to own. The GSD is built around a long-tail frame and 20-inch wheels. The long-tail design means there’s masses of room at the back – enough for a weekly shop or two passengers – while the small wheels mean that the overall footprint of the bike is no bigger than a standard city bike. Even better than that, the GSD flips up on its end and the saddle and handlebars fold down, so it takes up barely any space at all. The ride position is highly adjustable, so anyone in the family can use it with just a few quick tweaks. It’s easy and fun to ride – there’s no learning curve like you get with a box bike – and it’s a rare day you come across a situation or a load that the GSD won’t take in its stride. With loads of different options for carrying cargo, children and grown-ups, you can configure it exactly how you need it and it can grow with you as your family grows. It’s a genuine car replacement, and perfect for city living. The more expensive S00 build we tested this year is great if you’re looking for a heavy-duty workhorse, but the S10 is enough bike for nearly any situation and a grand cheaper, so that’s still our favourite one and the only bike so far to have got a full five stars. Why it wins: It’s the most useful and practical bike you’ll ever own. Every home should have one!»
Vale o que vale pois cada um avalia as coisas conforme as suas necessidades, mas fico feliz por saber que a minha escolha foi a escolha certa, aos olhos de outros que têm outros fatores em consideração e comparando com outras eBikes.
Continuo mega satisfeito com a aquisição! So far, so good!
Esta semana um amigo das lides do uso da bicicleta mandou-me umas fotos da minha antiga bicicleta pedalec, a Romana.
Como estão lembrados dei a Romana à troca quando comprei a Gestrudes, e não estou nada arrependido... o Miguel da BeElectric já me tinha dito que já tinha vendido a Romana a um moço algures de Lisboa.
O dono atual até manteve o spoke card do Sexta de Bicicleta! Nível :)
...confesso que bateu uma nostalgia ao ver as fotos da minha ex-companheira.
O importante é que vai fazer feliz mais um sortudo que se desloca na cidade de modo ativo, sem poluir, sem fazer ruído e potenciando uma convivência melhor com os demais habitantes da cidade.
E para a Romana não vai nada, nada, nada? Ip, ip, urááiii!
Quem viva?! Viva a Romana!!
Hoje apanhei um apressado que me apitou e gesticulou pq queria que eu saísse da frente para o senhor acelerar no meio da cidade para chegar primeiro ao próximo semáforo vermelho.
Devia querer que eu me esfumasse ou que eu saltasse como o Kit do Mikel Knight por cima dos carros parados na fila para virar á direita ao invés de ocupar a fila de trânsito que fluia no sentido que eu pretendia.
Esta cultura é algo enraizado e que vai demorar anos, gerações, a mudar.
E que vejo eu a caminho do trabalho? Publicidade de uma marca automóvel a fazer alusões subtis à velocidade, à competição, aos rallies e corridas diárias...
Mas não há quem tenha noção e acabe com este tipo de publicidade?
.
.
.
Publicado originalmente no grupo de Facebook de Ciclismo Urbano onde podem ler alguns comentários interessantes, e outros nem tanto...